ATA DA OITAVA SESSÃO
EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA
LEGISLATURA, EM 22-6-2006.
Aos vinte e dois dias do mês de junho do ano de dois
mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e trinta minutos, foi realizada
a chamada, respondida pelos Vereadores Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Mario Fraga,
Maristela Meneghetti, Professor Garcia e Raul Carrion. Constatada a existência de
quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell,
Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Bosco Vaz,
Jocelin Azambuja, Margarete Moraes, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Sebastião Melo, Sofia
Cavedon e Valdir Caetano. À MESA foram encaminhados: pela Comissão de Defesa do
Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, o Pedido de Informação nº
161/06 (Processo nº 3595/06); pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de
Providência nos 1412, 1413, 1414, 1418, 1419 e 1420/06 (Processos nos
3546, 3547, 3548, 3552, 3553 e 3554/06, respectivamente); pelo Vereador Alceu
Brasinha, o Pedido de Providência nº 1411/06 (Processo nº 3540/06); pelo
Vereador Carlos Todeschini, os Pedidos de Providência nos 1422,
1423, 1424 e 1436/06 (Processos nos 3556, 3557, 3558 e 3591/06,
respectivamente); pelo Vereador Dr. Raul, o Pedido de Providência nos
1425/06 (Processo nº 3580/06); pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de
Providência nº 1421/06 (Processo nº 3555/06); pelo Vereador João Carlos Nedel,
os Pedidos de Providência nos 1426 e 1427/06 (Processos nos
3581 e 3582/06, respectivamente); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de
Providência nº 1416/06 (Processo nº 3550/06); pela Vereadora Manuela d'Ávila,
os Pedidos de Informação nos 158 e 159/06 (Processos nos
3576 e 3577/06, respectivamente); pela Vereadora Maria Celeste, o Pedido de Informação
nº 162/06 (Processo nº 3604/06); pela Vereadora Maristela Maffei, o Pedido de
Providência nº 1435/06 (Processo nº 3590/06); pela Vereadora Mônica Leal, o
Pedido de Providência nº 1417/06 (Processo nº 3551/06); pela Vereadora Neuza
Canabarro, o Pedido de Providência nº 1437/06 (Processo nº 3592/06); pelo Vereador
Sebastião Melo, os Pedidos de Providência nos 1428, 1429, 1430,
1431, 1432, 1433 e 1434/06 (Processos nos 3583, 3584, 3585, 3586,
3587, 3588 e 3589/06, respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
476, 477, 478, 479, 480, 483, 491 e 510/06, de autoria do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Maristela
Meneghetti comentou debates realizados pela Comissão de Economia, Finanças,
Orçamento e do MERCOSUL, atinentes ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana.
Também, destacou que a CEFOR sugeriu a suspensão do processo licitatório
promovido por esse Departamento, para prestação de serviços de coleta de lixo,
tendo em vista a possibilidade de irregularidades nessa licitação, a qual está
sendo investigada pelo Tribunal de Contas do Estado. A Vereadora Neuza
Canabarro registrou terem sido concluídos os trabalhos da Comissão Parlamentar
de Inquérito constituída na Casa para averiguar índices de afastamento de
servidores municipais por biometria. Sobre o tema, asseverou que o Relatório
final elaborado por Sua Excelência foi aprovado pela maioria dos integrantes
dessa Comissão, questionando pedido de vista a esse processo e posições
referentes ao assunto, de parte da Vereadora Sofia Cavedon. A seguir, foi apregoado
Requerimento de autoria do Vereador Elói Guimarães, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado
na vereança a Suplente Maria Luiza, informando que Sua Excelência integrará a
Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. Na ocasião, foi apregoada
Declaração firmada pelo Vereador Cassiá Carpes, Líder da Bancada do PTB, informando
o impedimento do Suplente Nilo Santos em assumir a vereança no dia de hoje, em
substituição ao Vereador Elói Guimarães. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Maria
Luiza lembrou que, em recentes pesquisas realizadas no País, Porto Alegre
aparece em primeiro lugar no uso de entorpecentes, apoiando medidas do Governo
Municipal, de promoção de convênios com comunidades terapêuticas e implantação
de programas preventivos na busca da alteração desse quadro. Ainda, convidou a
todos para os eventos relativos à Semana Municipal de Combate às Drogas,
programados na Cidade no corrente mês. A Vereadora Sofia Cavedon contraditou o
pronunciamento hoje efetuado pela Vereadora Neuza Canabarro, em Grande Expediente,
acerca da Comissão Parlamentar de Inquérito constituída na Casa para averiguar
índices de afastamento de servidores municipais por biometria. Nesse sentido,
frisou a importância da análise das causas que levam à solicitação de licença
médica pelos municipários, a fim de que sejam viabilizadas mudanças reais dessa
situação e prestados melhores serviços à comunidade. Na oportunidade, o Senhor
Presidente registrou a presença, neste Plenário, dos Senhores Idenir Cecchim e
Márcio Bins Ely, respectivamente Secretário Municipal da Produção, Indústria e
Comércio e Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. Em COMUNICAÇÕES,
o Vereador Professor Garcia, citando problemas enfrentados por moradores da Rua
Eudoro Berlink, que há quase dois meses se encontram sem telefone, relatou dificuldades
vivenciadas por Sua Excelência quando da busca de contato com a empresa Brasil
Telecom, responsável pelo serviço de telefonia naquela área. Da mesma forma,
salientou que esse serviço envolve concessão pública e que devem ser exigidas
maior agilidade e qualidade no atendimento dos cidadãos. O Vereador Ibsen Pinheiro
manifestou-se acerca das carências financeiras e estruturais apresentadas pela
empresa Viação Aérea Rio-Grandense – VARIG –, cobrando do Governo Federal
medidas que impeçam a falência dessa companhia. Também, avaliou aspectos envolvidos
nessa questão, destacando que, caso ocorra a falência da VARIG, o espaço de mercado
hoje ocupado por essa empresa será entregue a companhias norte-americanas, o
que acarretará perda de empregos e divisas para a Nação. A seguir, o Senhor
Presidente declarou empossado na vereança, hoje, em substituição ao Vereador
Haroldo de Souza, em Licença para Tratar de Interesses Particulares, o Suplente
Dr. Raul, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação,
Cultura e Esportes. Em prosseguimento, foi apregoada a Subemenda nº 02, de autoria
do Vereador Raul Carrion, Líder da Bancada do PCdoB, à Emenda nº 01, aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/06 (Processo nº 2891/06), e
Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando votação em destaque para a Subemenda nº 02 à Emenda nº 01 e para a
Subemenda nº 01 à Emenda nº 03, apostas ao referido Projeto. Ainda, constatada
a existência de quórum deliberativo, foram aprovados os seguintes
Requerimentos, relativamente ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
001/06: de autoria do Vereador Raul Carrion, solicitando dispensa do envio à
apreciação de Comissões Permanentes da Subemenda nº 02 à Emenda nº 01 e da
Subemenda nº 01 à Emenda nº 03; e de autoria da Vereadora Clênia Maranhão,
solicitando dispensa do envio à apreciação de Comissões Permanentes das Emendas
nos 01, 02 e 03, das Subemendas nos 01 e 02 à Emenda nº
01 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Professor Garcia reportou-se ao pronunciamento hoje efetuado pela Vereadora
Maristela Meneghetti, em Grande Expediente, concernente à licitação promovida
pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana para contratação de empresa de
coleta de lixo. Ainda, afirmou que não foi votada na CEFOR sugestão para que
fosse suspenso esse processo licitatório, defendendo o tratamento dispensado ao
assunto pelo Prefeito José Fogaça. A Vereadora Maristela Meneghetti replicou as
afirmações anteriores do Vereador Professor Garcia, no que se refere ao
processo licitatório promovido pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana
para contratação de serviços de coleta de lixo em Porto Alegre. Quanto ao tema,
declarou ter apresentado, na CEFOR, proposta de Comissão de Vereadores para
acompanhamento das investigações que o Tribunal de Contas está efetuando acerca
dessa licitação. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Mônica Leal respondeu a questionamentos
apresentados ontem pelo Vereador Carlos Todeschini, referentes à Empresa
Pública de Transporte e Circulação, asseverando que as políticas do Governo
Municipal nesse setor seguem linhas preventivas e educativas e buscam a
conscientização de motoristas e pedestres. Além disso, abordou propostas direcionadas
ao público ciclista, em especial a de elaboração do Plano Diretor Cicloviário
de Porto Alegre. O Vereador Sebastião Melo teceu considerações acerca da
licitação instituída pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana para
prestação de serviços de coleta de lixo em Porto Alegre. Igualmente, lembrou a
forma como o recolhimento de lixo era efetuado durante a gestão do Partido dos
Trabalhadores, defendendo a busca de instrumentos que garantam maior agilidade
e otimizem esse setor, possibilitando a preservação ambiental e uma melhor
qualidade de vida aos cidadãos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Manuela
d’Ávila analisou os serviços prestados pelo Departamento Municipal de Limpeza
Urbana e solicitou da Empresa Pública de Transporte e Circulação maior controle
dos veículos de transporte coletivo que transitam na Cidade. Ainda, reportou-se
à Proposta de Emenda Constitucional nº 009/06, em tramitação
no Congresso Nacional, que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. O Vereador Claudio Sebenelo
elogiou o desempenho do Senador Pedro Simon no Congresso Nacional, afirmando
que Sua Excelência tem se caracterizado por uma postura digna e corajosa em
defesa dos interesses do Estado. Nesse sentido, rememorou a participação desse
Parlamentar nas lutas pela liberação de verbas na área da saúde, em especial no
referente a programas desenvolvidos pelo Grupo Hospitalar Conceição e à
construção de Postos de Saúde na Zona Norte da Cidade. A Vereadora Sofia
Cavedon discorreu a respeito do crescimento na aplicação de multas em Porto
Alegre, afirmando que esse fato não condiz com o discurso realizado durante a
campanha eleitoral pelo atual Governo municipal. Ainda, manifestou-se
criticamente acerca da licitação para o recolhimento de lixo na Cidade e
analisou o relatório final da Comissão criada nesta Casa averiguar os índices
de afastamento de servidores municipais. O Vereador Mario Fraga defendeu o processo
licitatório para contratação de empresa que irá recolher o lixo produzido no
Município e avaliou como positivo o relatório emitido pela CPI instaurada neste
Legislativo para avaliar o afastamento do trabalho de servidores municipais por
motivo de doença. Finalizando, lembrou os dois anos de falecimento do
ex-Governador Leonel Brizola e referiu-se a Projeto de Lei de sua autoria, para
concessão de Título Honorífico à Senhora Diza Gonzaga. O Vereador João Antonio
Dib defendeu as conclusões do relatório produzido pela CPI instalada nesta Casa
para estudar os afastamentos de servidores municipais por motivos de doença.
Além disso, lembrou problemas havidos na área da limpeza urbana durante o
Governo do Partido dos Trabalhadores em Porto Alegre e classificou como bom o
trabalho realizado pelo Executivo Municipal na gestão do transporte coletivo
urbano da Cidade. O Vereador Sebastião Melo pronunciou-se acerca da demora nas
votações de Projetos em tramitação no Congresso Nacional, defendendo o trabalho
realizado pelo Senador Pedro Simon naquele Parlamento. Também, discutiu a
necessidade da licitação para contratação dos serviços de recolhimento do lixo
em Porto Alegre, replicando críticas feitas em relação ao assunto e sustentando
que todo esse processo está sendo realizado de maneira correta e transparente.
O Vereador Cassiá Carpes abordou a Comissão Especial de Inquérito instaurada na
Casa para apurar o alto índice de afastamento de servidores municipais por
biometria. Sobre o tema, analisou dificuldades vivenciadas pelos funcionários
públicos, em especial no atinente a carências estruturais e de equipamentos nos
locais de trabalho e à falta de perspectiva profissional, propugnando por medidas
que valorizem e qualifiquem esses servidores. A Vereadora Maristela Maffei
elogiou as ações do Governo Federal no Estado do Rio Grande do Sul, alegando
que as críticas feitas em relação a essas iniciativas devem ter fundamentação,
para não caírem no descrédito. Também, teceu considerações a respeito das
políticas públicas implementadas pelo Governo Municipal, questionando
especialmente a área do transporte coletivo e ressaltando que, segundo sua
opinião, não há um trabalho de interligação entre as Secretarias e que a Cidade
não está recebendo a devida atenção. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 136 e 144/06, os
Projetos de Resolução nos 074 e 080/06; em 2ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 090, 119, 129, 132, 133 e 137/06; em 3ª Sessão,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 480 e 481/03, 125 e 131/06. Na
ocasião, o Vereador João Antonio Dib registrou ter havido consenso entre os
Senhores Vereadores, com a finalidade de que não fossem discutidos os Projetos
constantes no período de Pauta da presente Sessão. Após, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Na oportunidade, a Vereadora
Manuela d'Ávila manifestou-se, informando ter recebido telefonema do Senador
Pedro Simon, referente à Proposta de Emenda à Constituição
nº 009/06, em
tramitação no Congresso Nacional. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo Vereador Luiz Braz, solicitando alteração na ordem de apreciação
da matéria constante na Ordem do Dia, conforme deliberado pelo Colégio de
Líderes. Ainda, foram apregoados a Subemenda nº 03, de autoria do Vereador Raul
Carrion, Líder da Bancada do PCdoB, à Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 001/06, e Requerimentos de autoria do Vereador
Raul Carrion, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando a votação em
destaque dessa Subemenda e a retirada de tramitação da Subemenda nº 02 à Emenda
nº 01, aposta ao referido Projeto. Também, foi aprovado Requerimento de autoria
do Vereador Raul Carrion, solicitando que a Subemenda nº 03 à Emenda nº 01,
aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/06, fosse dispensada
do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/06, com ressalva
das Emendas e Subemendas a ele apostas, por vinte e seis votos SIM, após ser
discutido pelos Vereadores Carlos Comassetto, José Ismael Heinen, Raul Carrion
e Ervino Besson, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Raul, Elias Vidal, Ervino
Besson, Ibsen Pinheiro, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga,
Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo
Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Foram aprovadas
a Emenda nº 01, as Subemendas nos 01 e 03 à Emenda nº 01, as Emendas
nos 02 e 03 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 03, apostas ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 001/06. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 001/06, a Vereadora Manuela d'Ávila cedeu seu tempo de discussão
ao Vereador Raul Carrion. Em Discussão Geral e Votação, foram votados
conjuntamente e aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 036/06 e o Projeto
de Resolução nº 144/05. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 066/06. Às
doze horas e dezesseis minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Dr. Goulart,
Luiz Braz e Valdir Caetano e secretariados pelos Vereadores Elias Vidal e Claudio
Sebenelo, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Elias Vidal, 2º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Passamos ao
A Verª Maristela Meneghetti está com a palavra em
Grande Expediente.
A SRA. MARISTELA
MENEGHETTI: Exmo Sr. Presidente dos trabalhos, Luiz
Braz, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a Câmara Municipal, na
última terça-feira, deu demonstração de que está atenta e preocupada em
cumprir, de forma responsável, seu papel de fiscalizar as finanças municipais,
garantindo a correta aplicação do dinheiro dos contribuintes.
A CEFOR, Comissão que
presido desde o início do ano, não se omitiu no debate sobre a contratação dos
serviços de limpeza urbana da Capital e sugeriu a suspensão provisória cautelar
da licitação do DMLU. A sugestão foi minha, mas quero ressaltar que não houve
contestação de parte dos demais Vereadores presentes, que integram a Comissão.
Enquanto as supostas irregularidades são apuradas pelo Tribunal de Contas do
Estado, acredito que a melhor alternativa seja formar um grupo de Vereadores
para integrar a já existente força-tarefa com integrantes do Ministério Público
Especial do Tribunal de Contas, do Ministério Público Estadual, da Polícia
Civil, para que possamos acompanhar as investigações, até porque o processo
está sendo revisto, com retificações, pelo próprio DMLU. Um dos pontos que
ainda não foi esclarecido é a participação, na elaboração do Edital de
Concorrência, do advogado paulista Fabio Pierdomenico, que teria interferido
ativamente nas decisões sobre alterações do Edital, inclusive conduzindo-as em
ligações telefônicas, conforme representação do Ministério Público. O advogado
não tem qualquer ligação com o Serviço Público Municipal, mas tem vinculação
com empresas paulistas de lixo. Durante a reunião de terça-feira em que a CEFOR
ouviu os dirigentes do DMLU, o Presidente da Comissão Especial de Licitação do
órgão, Sr. Jary Fontana dos Santos, admitiu a participação de Pierdomenico na
elaboração do Edital. Sabendo que o advogado é investigado em inquérito
conduzido pela Polícia Civil de São Paulo, em função de fraudes nos contratos
de varrição da capital paulista, torna-se necessária, sim, a investigação séria
de todo o processo de licitação para que possamos garantir a transparência. A
CEFOR já solicitou ao DMLU a cópia dos contratos antigos e dos documentos
necessários para a devida comparação dos preços e serviços. Infelizmente ainda
não recebemos as informações. Esperamos que até o final da semana possamos ter
essa documentação em mãos. Gostaria também de enfatizar que a Comissão não
fugirá de suas responsabilidades e trabalhará para garantir que não ocorram
irregularidades na aplicação do dinheiro público, e que a nossa reunião e as
indagações foram baseadas, única e exclusivamente, na Representação de nº 11,
que teve origem no Ministério Público Especial. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): A Verª Neuza Canabarro está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo da Verª Mônica Leal.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Exmo Sr. Presidente dos trabalhos, Ver.
Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu agradeço a gentileza
do Ver. João Antonio Dib de me conceder este espaço, para dizer aqui que nós
concluímos a nossa Comissão de Parlamentar de Inquérito. E não foi fácil. Não
foi fácil, mas ali nós marcamos um momento de quê? Um momento realmente de
obstinação. Quando eu lia, hoje, no Jornal O Sul: “Neuza Canabarro, uma
obstinada”, eu disse por que me colocaram essa qualidade - eu considero isso
uma qualidade -, ou seja, talvez, pela convicção que eu tenho de que o trabalho
tem de ser bem feito e de que não devo medir esforços para chegar ao meu
objetivo; trabalho com a maior clareza.
Mas eu aproveitaria
este momento para dizer às Sras. Vereadoras e aos Srs. Vereadores que a nossa
vida é pautada pela ética, pela moral. E, aqui, Verª Sofia Cavedon - eu
gostaria, sim, que V. Exª ouvisse -, eu tenho muito cuidado em não sair do meu
limite, do que eu posso, de onde eu posso chegar, principalmente em relação ao
respeito às pessoas.
No último dia, eu
fiquei surpresa quando a Verª Sofia Cavedon pediu vista ao Processo. Eu disse:
“Que bom, porque, antes de mais nada, além de enriquecer o nosso trabalho, ela
está possibilitando que se amplie o debate, que se permaneça na mídia”. Mas,
surpreendentemente, a Verª Sofia Cavedon, que, segundo notícias da imprensa,
viajou, no final de semana, ao Uruguai. Eu imaginei que ela fosse ficar aqueles
dias todos dedicada, debruçada sobre um trabalho que foi feito durante quatro
meses, com a assessoria de Fiscais da Fazenda, com Técnicos de Segurança do
Trabalho, de dois advogados, com uma equipe que trabalhou diuturnamente, e na
última semana trabalhamos incansavelmente para poder colocar dados que não
pudessem ser questionados. E mais um aspecto, Verª Margarete Moraes, todos os
cálculos foram feitos pelo mínimo. E não procuramos, em nenhum momento, responsabilizar
qualquer Partido que não a Administração em geral. Mas agora eu devo dizer que
não sou arrogante, não, mas quero registrar que a responsabilidade é do Governo
do PT, que esteve durante 16 anos - 16 anos! - à frente da Prefeitura e
desvirtuou todo um trabalho.
Nós não estamos aqui
pedindo que se tirem direitos adquiridos dos funcionários! Não vamos mexer nos
direitos adquiridos do funcionário! Apontamos apenas a necessidade de que a
legislação seja observada. Se a lei diz que tem de ser descontado após os 30
dias, tem-se que fazer isso! Ou o quê? O Vereador que considerar que isso está
errado que apresente um Projeto para retirar tudo. Nós fizemos um trabalho
extremamente ético, moral e legal! Nós não chamamos ninguém de governos
anteriores, porque quem está aí tem que apurar onde houve a brecha, onde a
abriram.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Neuza, eu
quero mais uma vez parabenizar V. Exª por esse seu extraordinário trabalho. Eu
já disse, e vou repetir mais uma vez no dia de hoje: V. Exª deixou um
extraordinário trabalho nessa Administração e em outras Administrações. Não sei
qual é o Partido que vai assumir a Prefeitura Municipal no próximo mandato. E
mais, Vereadora, V. Exª alicerçou o maior patrimônio das nossas instituições,
que são os bons funcionários. Parabéns, Vereadora, mais uma vez, por esse
belíssimo trabalho. Muito obrigado.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Eu é que agradeço. Mas eu dizia que nós temos que
ver onde foi aberta a porteira, porque quem tirou a bimestralidade do
funcionário público municipal foi o PT, em abril de 2003! Quem tirou a
bimestralidade não pode responsabilizar agora o Governo Fogaça! E tem mais: nós
não “colocamos o chapéu” quando dizem que há políticos corruptos. E os há! Existem
políticos corruptos, e nunca se viu tanta corrupção como neste Governo, no
Governo Lula - nepotismo cruzado, corrupção! E vão falar agora que nós estamos
generalizando, e que isso vai atingir o funcionário! Eu defendo o funcionário
que trabalha diuturnamente! Eu defendo os professores que estão lá nas escolas
“carregando piano”! E aqueles que estão doentes não “botam o chapéu” porque o
problema não é com eles. E nós temos essa convicção do trabalho prestado à
comunidade.
O Sr. Claudio
Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da
oradora.) Vereadora, a partir do seu trabalho, pode ser feita uma brilhante
correção desses problemas que são enfrentados pela Administração. A maioria dos
servidores nos dá esperança e orgulho; eles são excelentes. Aqui, na Câmara,
nós temos uma amostragem fantástica do servidor municipal. Por que generalizar?
O seu trabalho beira a perfeição, meus parabéns!
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Obrigada.
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Neuza
Canabarro, sabe o que eu lamento, Verª Neuza, é que V. Exª esperava uma
indiferença dos Vereadores da Comissão ao seu Relatório. Eu tirei horas e horas
da minha vida e da minha energia, li o Relatório com muita atenção e houve
funcionários que valorosamente me ajudaram a analisá-lo, e, em 20 páginas, fiz
muitas considerações, inclusões e discordâncias. E deveria V. Exª, na minha
opinião, considerar-se valorizada pela minha participação nessa CPI, já que
participei ativamente de todas as reuniões em que estive e nesse Relatório
coloquei falas minhas e dos depoentes. Podemos discordar, Verª Neuza, agora,
nos respeitemos, e eu a respeitei muito ao me posicionar, em 20 páginas, e
sugerir uma série de questões importantes.
E por que a chamei de
arrogante, Verª Neuza? Porque, quando terminou de ler o Relatório, V. Exª disse
que não havia nenhuma contribuição. Eu, em 20 páginas, feitas com seriedade, de
alguém que já foi gestora da Educação e é funcionária pública deste Município,
não acredito que não havia uma frase que não contribuísse com o seu brilhante
Relatório, por isso a chamei de arrogante e lamento a sua postura, porque a sua
iniciativa foi boa. Eu era contrária que fosse na forma de CPI -, o tema é
necessário de se estudar, sim, e em nenhum momento me posicionei para tentar
desgastar o Governo Fogaça e deixei de assumir as responsabilidades do nosso
Governo sobre isso. Então, V. Exª é injusta.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: A Verª Sofia Cavedon, se leu, não entendeu, porque
ela tentou mudar o foco da CPI que foi votada neste Plenário. Imaginem, no
momento em que a pessoa tenta mudar o foco da CPI, por essa razão o Presidente
disse: “Não há condições!” E as suas contribuições, no momento em que quer
mudar o foco, perdem todo o valor, mesmo assim respeito a sua pessoa. Eu li as
nossas recomendações e disse que V. Exª está contemplada em tais e tais
aspectos - valorização do funcionário, criação de uma equipe multidisciplinar,
prevenção do funcionário -, todos esses aspectos foram, sim, considerados.
Agora, o foco da CPI era aquele aprovado em Plenário.
Outra coisa, Verª
Sofia, o tempo inteiro V. Exª participou - e eu agradeci publicamente a sua
participação -, mas há um aspecto fundamental: aceitar o voto da maioria. Isso
é democracia! V. Exª dizia o tempo inteiro: “Por que não uma Comissão
Especial?” Porque já é uma CPI; então não pode voltar a ser uma Comissão
Especial! Por essa razão, eu diria que, lamentavelmente, esse episódio talvez
tenha respingado na imagem de outros Vereadores que têm um trabalho extremamente
sério e que eu também considero, porque, por uma questão partidária, votaram
junto.
Nós conseguimos
aprovar o Relatório e ele virá a este Plenário. Eu tenho a consciência de que
fiz o melhor que pude, e, se não for aprovado aqui, nós fizemos a nossa parte.
Cada um deve fazer a sua parte no momento em que toda a Nação grita por
moralização; cada um de nós deve estar imbuído desse pensamento. Nós temos que
ajudar a limpar o País do mau-caratismo e dos políticos que não querem fazer
política, querem degrau para aparecer. Nós não queremos mídia, nós queremos é
trabalho. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Elói Guimarães solicita
Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. A Mesa declara empossada a Verª
Maria Luiza, que integrará a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação,
em função da impossibilidade de o Suplente Nilo Santos assumir a Vereança.
Passamos às
A SRA. MARIA
LUIZA: Bom-dia a todos, inicialmente quero cumprimentar o
nosso Presidente, todos os Vereadores e Vereadoras, os nossos telespectadores,
e aproveitar a oportunidade para me manifestar na Semana de Prevenção às Drogas
no nosso Município de Porto Alegre.
Eu gostaria de levantar, aqui, um ponto importante,
porque, infelizmente, Porto Alegre ocupa, em recentes pesquisas realizadas no
Brasil, o primeiro lugar no uso de entorpecentes. Essa dura realidade aponta
também a ausência de leitos para internação e recuperação, disponibilizando
apenas pequeno número de vagas no Hospital Espírita e no Hospital Psiquiátrico
São Pedro, embora essa necessidade seja apontada tanto no Município como no
Estado. Esse assunto tem sido deliberado em várias conferências municipais e
estaduais, tanto da Assistência Social como da Saúde; há mais de 10 anos que
essas conferências apontam para essa debilidade tanto no Município de Porto
Alegre como no Estado.
Em função disso, também aproveito para parabenizar
a atual Administração do Município que começa a se organizar para dar conta
dessa demanda, possibilitando conveniar com comunidades terapêuticas. Dessa
forma, estaremos dando início a um comprometimento com a intervenção de um
Governo comprometido com a questão da drogadição que aflige milhares de
famílias em nosso Município.
Aproveito também a
oportunidade para convidar todos, nesta semana, em parceria com o Conselho Municipal
de Entorpecentes e com o Conselho Estadual de Entorpecentes, a fazer a
Caminhada pela Vida, que acontecerá no domingo, pela manhã, no Parque da
Redenção, onde estaremos com um estande de várias instituições do nosso
Município que atuam na área da drogadição, com fôlder, com material
explicativo, chamando a atenção para a questão da drogadição, da intervenção,
do tratamento, de como as famílias devem agir para que as pessoas se apropriem
um pouco mais desse tema que é uma realidade muito dura no nosso Município, no
nosso País, e que gera um alto índice de marginalidade, porque, infelizmente, a
droga só tem duas saídas: a morte ou, muitas vezes, a cadeia. Então, em função
disso, o Conselho Estadual e o Conselho Municipal de Porto Alegre se organizaram
e estão convidando todos para participar, no domingo próximo, no Parque da
Redenção, às 10 horas da manhã, da Caminhada pela Vida, com estandes de várias
instituições alocadas no Brique da Redenção, com material informativo. E no
horário da tarde, convidamos também todos para participar do Passeio Ciclístico
pela Vida, com concentração, às 14h30min no Anfiteatro Pôr-do-Sol. Esse passeio
tem a chamada: “Valorização pela vida; diga sim à vida, não às drogas”.
Convidamos todos, juntamente com seus familiares e amigos, para participar do
passeio ciclístico. Estaremos, lá, com uma equipe, fazendo a medição da pressão
arterial durante a manhã e dando dicas de alongamento para qualquer tipo de
atividade física. Às pessoas interessadas em participar, nós estamos com um
estande no Shopping Praia de Belas, das 10h da manhã às 10h da noite. Esse
estande é o estande da Responsabilidade Social, onde estamos divulgando o
evento do passeio ciclístico. Às pessoas interessadas, estaremos entregando um
brinde - para tanto basta levar cinco garrafas pet descartáveis ou
dez latinhas descartáveis - que é uma camiseta com a chamada “Pela preservação
da vida; diga sim à vida, não às drogas”, pois o uso de drogas é uma situação
muito grave no Município de Porto Alegre, que, infelizmente, a aponta, mais uma
vez, como a Capital nº 1 do Brasil.
É um compromisso de
cada um de nós, Vereadores, da população, da sociedade civil organizada, que
vem lutando há muitos anos por essa causa, para que a gente possa fazer com que
o Município de Porto Alegre saia do ranking como nº 1 e que a gente
realmente demonstre que tem um compromisso com essa questão que assola milhares
de famílias que vivem essa dura realidade.
Eu quero agradecer o
espaço concedido aqui, e aproveito também para agradecer o companheirismo dos
meus colegas do Partido Trabalhista Brasileiro, que me possibilitou estar aqui,
nesta manhã, participando da plenária e também divulgando a Semana de Prevenção
às Drogas no Município de Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Muito obrigado, Verª Maria Luiza.
A Verª Sofia Cavedon
está com a palavra em Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Luiz
Braz, que cedeu seu tempo para a Verª Mônica Leal.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Luiz Braz; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, neste período de Comunicações quero
trazer alguns dos elementos que considero lacunas e discordâncias desta
Vereadora com o Relatório apresentado pela Verª Neuza Canabarro, e quero deixar
claro um tema que considero fundamental. O Relatório foi apresentado na
quarta-feira, antes do feriado da quinta-feira, e os Vereadores da CPI não
tiveram acesso ao Relatório a não ser no momento da Reunião. É um Relatório
longo, elaborado pela Verª Neuza, que teve 15 dias para fazê-lo. Esta Vereadora
pediu vistas, e recebeu, generosamente, do Ver. Dib - como havia o feriado -
cinco dias, não é Ver. Dib? E cumpri rigorosamente os prazos, inclusive pedi
para adiantar o horário da terça-feira; me posicionei com os prazos dados pelo
Presidente, num documento de 20 páginas.
Portanto, Verª Neuza,
o que eu fiz no meu sábado e no meu domingo, se eu viajei, isso é problema meu;
as minhas tarefas eu cumpri. É isso o que eu quero deixar muito claro, pois
viajar é um direito de todos nós, porque eu trabalho como muitos Vereadores,
aqui, manhã, tarde e noite, sábados e domingos, e eu tenho muita tranqüilidade
de ter viajado para Montevidéu, e nesse período ter apresentado o meu
Relatório.
A
Srª Manuela d’Ávila: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia Cavedon, obrigada
pelo aparte, primeiro quero registrar a solidariedade da Bancada do PCdoB, e
registrar também que achamos uma irresponsabilidade os Vereadores caírem num
discurso que a mídia vem fazendo de que nós não trabalhamos. Alguns de nós
trabalhamos, sim, e trabalhamos inclusive por outros de nós. Muito obrigada.
A
SRA. SOFIA CAVEDON:
Obrigada, Manuela, eu me emociono com isso, porque eu acho que isso, sim, é um
desrespeito absurdo com o trabalho da gente. (Pausa.)
Quero então pontuar temas que eu acho, Verª Neuza,
que foram tratados de forma superficial e com analogias grosseiras. Primeiro:
em nenhum momento, me desvio do foco da CPI, porque se o foco da CPI é
identificar a alta incidência de biometrias médicas, eu duvido que a CPI não vá
levantar as causas das biometrias médicas, porque senão ela não seria séria,
não teria a intenção de resolver o problema. E todos os temas que eu tratei no
Relatório, tratam de causas, possíveis causas da incidência de biometrias, e
possíveis alternativas já experimentadas na Prefeitura, e eu acho que elas
ficaram fora do seu Relatório. O seu Relatório foi parcial, e deu ênfase à
conta de quantos dias foram perdidos. E foi nesse sentido, para contribuir, que
eu fiz um Relatório que agregasse, e a senhora agradeceu.
Eu não gostaria de dar aparte agora, porque vai
terminar o meu tempo...
A Srª Neuza
Canabarro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da
oradora.) Eu, educadamente, lhe concedi um aparte, e a senhora usou o tempo que
bem entendeu, e só para lhe dizer, Verª Sofia, que durante o feriado de Páscoa,
eu perdi o meu feriado. Por quê? Pela minha responsabilidade; eu fiquei fazendo
um pré-relatório, quando eu ainda não...
A SRA. SOFIA CAVEDON:
A senhora ainda viajou e levou junto, porque a
senhora já disse isso em tribuna.
A Srª Neuza
Canabarro: Sim, fui a Gramado e fiquei encerrada num quarto
para fazer um trabalho - que fiz - enquanto não havia dados, mas só para lhe
dizer o seguinte...
A SRA. SOFIA CAVEDON: E eu não fui à imprensa e nem vim à tribuna dizer que a senhora viajou
na Páscoa, em vez de fazer as suas atribuições.
A Srª Neuza
Canabarro: Verª Sofia Cavedon, eu não fui à imprensa, não fui
eu, nem sabia que a senhora tinha viajado, não tenho essa intimidade.
A SRA. SOFIA CAVEDON: E como é que a senhora veio aqui na tribuna falar isso?
A Srª Neuza
Canabarro: Porque eu vi na Internet, no bloco da RBS.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Muito obrigada pelo aparte, Verª Neuza.
A Srª Neuza
Canabarro: Não, eu não terminei. Só para lhe dizer o
seguinte: ouvi-a atentamente, Verª Sofia Cavedon. Eu sou professora, a senhora
é professora, nós sabemos que ler, escrever e interpretar é algo fundamental
para a vida futura. Veja bem: é uma Comissão Parlamentar de Inquérito para
apurar o alto índice de licenças por biometria. No momento em que a senhora
quer ver as causas... Nós não tivemos acesso ao código das doenças, ao CID, não
é permitido. Nós só poderíamos trabalhar com a especificação de doenças, o
índice e qual a regulamentação. Então, realmente, a senhora não entendeu.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
A senhora está enganada, Verª Neuza. Muitos
depoimentos indicaram causas, não precisava ter acesso a elas; as pessoas
vieram aqui depor e falaram dos problemas que existem nas Secretarias e que são
causa das biometrias. A senhora quer ignorar, a senhora ignore. Eu não ignoro.
A Diretora de Recursos Humanos da FASC falou as causas das biometrias na FASC,
depôs que era problema de estresse, o problema de tratar com a população
carente, com a população agressiva, com a população de rua, e os seus
servidores estavam doentes. Por isso, ela falou nas causas, e a senhora não
colocou essas causas no Relatório. Então, a senhora é que tenta mudar o foco,
porque a sua escolha - sim - foi chamar os funcionários de relapsos e que
cometem adversidades. E não adianta pedir para cortar o meu tempo, porque eu
falarei em Liderança sobre esse tema, porque eu ainda não apresentei as
contraposições.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): O Secretário Idenir Cecchim está presente aqui
neste plenário. Ele sempre honra esta Casa com a sua presença. O plenário está
à sua disposição também, caso quiser aqui adentrar.
Temos também a
presença do Ver. Márcio Bins Ely, que já está aqui no plenário. Sempre é uma
honra contar com a presença do Ver. Márcio Bins Ely, hoje Secretário de
Esportes.
O Ver. Professor
Garcia está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Neuza
Canabarro.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; Ver. Luiz Braz, vejo que nós vamos ter uma quinta-feira, antes do
jogo, já em clima de Copa, de decisão; isso aí não é nem classificação.
Mas eu quero
agradecer à Ver. Neuza por me ceder este espaço, pois nós havíamos feito uma
troca na semana passada.
Eu tenho, de forma
constante, debatido, discutido, aqui nesta Casa e nos meios de comunicação, o
problema que a população de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul tem enfrentado,
especificamente, com a Brasil Telecom, pela forma do atendimento que é
prestado. Primeiro, ninguém consegue fazer um contato pessoal com qualquer
pessoa da Brasil Telecom. Tu ligas para o 0800, aí eles te deixam cinco, seis
minutos, te passam para outra pessoa; cai a ligação, tu ligas de novo dizendo
que falaste com Fulano, aí aquele Fulano diz que esse assunto não é com ele e
que vai passar para setor tal, ouvidoria tal.
Na Rua Eudoro
Berlink, ocorre um problema seriíssimo; a população ali do entorno está sem
telefone há quase dois meses. Afinal, o problema é o Conduto Forçado Álvaro
Chaves, ou não é o conduto? Em um determinado momento, o que eu fiz? Enviei um
ofício para o Presidente da Brasil Telecom, cuja central é lá no Mato Grasso do
Sul, mandei uma correspondência para o responsável pela Anatel e para o Procon,
e dei um prazo, porque senão eu iria entrar no Ministério Público. Aí, o que
aconteceu? As coisas começaram a se agilizar. Então, eu recebi da Anatel a
seguinte correspondência: “Em atenção ao seu Ofício nº 0133/2006, segundo
informação via e-mail, da CRT Brasil Telecom, com cópia em anexo, a
situação de uma solicitação...”. Aí a Brasil Telecom envia para o Sr. Alexandre
Appel, da coordenação do Procon: “Reportamo-nos à requisição do fornecedor, na
qual, encaminhando ofício remetido pelo Ver. Professor Garcia, acerca da
manifestação do consumidor, relativamente à manifestação do cliente, informamos
que o assunto em questão foi analisado.”
Vejam, a resposta é
mais ou menos assim: Prezado Sidney: Referente ao Ofício do Ver. Professor
Garcia, no qual encaminha a manifestação do titular do terminal, com o número
tal, sobre problemas no referido telefone, informamos que o caso foi analisado
pela nossa área técnica com verificação no local, na Rua Eudoro Berlink, e
constatou-se que o problema mencionado pelo cliente não está associado à obra
do Conduto Álvaro Chaves em execução pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Dessa forma,
salientamos que no mês de março, último, foi efetuada a substituição do cabo
telefônico que atende o citado endereço e, nesse ínterim, o par individual onde
está ligado o telefone do cliente apresentou problema, tendo sido solucionado
durante a verificação efetuada nesta semana, pela área de redes. Após, foram
realizados os devidos testes e a linha encontra-se normalizada.
Ora, Senhoras e Senhores, levaram dois meses e
meio, o problema não se resolve, não se consegue falar com ninguém, quer dizer,
a Brasil Telecom tem que aprender que esse sistema... E quem assinou aqui foi a
Srª Rossana Cramer Soveral, da Coordenação de Relacionamento da Anatel, da
Ouvidoria de Clientes. A Ouvidoria da Brasil Telecom não existe.
O Sr. Bernardino
Vendruscolo: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Professor Garcia, a sua indignação é minha
também e certamente de milhões de pessoas, por isso, nós, na semana retrasada,
fizemos um discurso semelhante dessa tribuna. E casualmente aconteceu comigo;
depois de 43 dias, recebi o meu aparelho, que foi levado para conserto na
garantia. Esse é o motivo da criação de comissão especial nesta Casa, para
tratar do assunto da telefonia móvel. Também fizemos, naquela oportunidade, um
registro de que nós devemos ter, aqui no Município, o Procon Municipal, o mais
urgente possível, porque só mesmo com um “tratamento de choque” com essa gente,
que possamos fazer com que eles respeitem a população.
Eu quero
cumprimentá-lo por esse discurso.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Mas, Vereador, de qualquer maneira, V. Exª falou a
respeito da telefonia móvel, eu trouxe a questão da telefonia fixa, só sugiro
que, para cada problema, vamos fazer as mesmas coisas, mandar correspondência
para o Presidente da Brasil Telecom, mandar para o responsável da Anatel,
mandar para o Procon, porque a Agência Reguladora das Telefônicas, no Brasil, é
a Anatel. Muita gente diz que há a Agência Reguladora no Rio Grande do Sul, a
Agergs; mas ela não tem ingerência no aspecto sobre a telefonia.
Mas eu quero trazer a
público este registro. Veio a resposta, mas, convenhamos, tirar resposta, a
fórceps, não é salutar. Primeiro, telefone é uma concessão, e se o serviço não
está condizente, troca-se. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Sebastião Melo.
O SR. IBSEN PINHEIRO:
Sr. Presidente, meus colegas de representação,
assistimos contristados a lenta agonia a que se submete a Varig. Contristados
porque todos nós temos, com essa Empresa, uma relação afetiva; nós, gaúchos,
especialmente, mas o Brasil todo contraiu, com essas décadas de serviço, uma
relação de afeto e de respeito. Só isso bastaria para que se desse uma atenção
especial à crise que afeta a grande Companhia.
Mas eu vou desprezar,
neste momento, as razões afetivas, Sr. Presidente, não vou nem considerar,
neste breve pronunciamento, as razões sociais que devem contemplar os dez mil
funcionários, além dos aposentados vinculados ao plano de aposentadoria da
Empresa. Vou ficar em um aspecto mais pragmático, que é o da necessidade de o
País ter uma política para o transporte aéreo que expresse a soberania nacional
e o projeto nacional. E, lamentavelmente, trata-se a Varig como se fosse um
banco; ou pior, Sr. Presidente, porque se fosse um banco teria tido a seu favor
o Proer, mas é tratada como se não envolvesse os próprios objetivos nacionais.
Tenho evitado, Sr.
Presidente, tratar desse assunto, primeiro, pela absoluta impossibilidade de
uma Câmara Municipal, e dentro dela, uma das suas 36 partes, ter qualquer
influência num episódio dessa magnitude; segundo, porque não quero contribuir
para a politização desse debate, para a partidarização desse debate. Mas é
inescapável que o Governo da União tem responsabilidades. Primeiro, porque o
transporte aéreo é uma concessão pública federal; segundo, porque a indústria
do transporte aéreo é um projeto inescapável das responsabilidades nacionais do
nosso País; e, terceiro, Sr. Presidente, porque o Governo da União é credor e
devedor da Varig.
Então, eu intuo, Ver.
Raul Carrion - a quem vou escutar, logo a seguir -, que o Governo Federal
talvez se sinta patrulhado, seja pelo seu discurso, seja pelo discurso
oposicionista, relativamente ao comprometimento de recursos públicos no
saneamento da Varig. Afirmo, antes do aparte a V. Exª, que os recursos públicos
estarão comprometidos pela inação, porque os cinco ou seis bilhões de reais de
que se fala, como créditos da União, se perderão em uma falência para os
créditos preferenciais. E o débito de que a União é responsável, esse será
exigível pelos credores da companhia, no caso da falência.
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Exmo Ver.
Ibsen Pinheiro, quero, em primeiro lugar, registrar que eu e a Verª Manuela
tivemos a iniciativa, junto com sua assinatura, de uma Moção desta Casa,
solicitando, pedindo, sugerindo medidas que considerassem a Varig como um
patrimônio, não só privado, mas por toda a sua importância. Agora, é
importante, quando a gente vê a responsabilidade da União, de personalizar
isso. A crise da Varig é a mesma que também levou à quebra da Transbrasil, da
VASP, decorrente de 12 anos de política neoliberal neste País - quando houve
uma desregulamentação do setor aeronáutico, houve um congelamento de tarifas
que geraram, inclusive, essas dívidas que estão sendo questionadas. Então, essa
crise não se gestou agora no atual Governo da União.
Falando em Governo da
União, em geral, V. Exª está certo; agora, nós temos de, neste caso, ver as
responsabilidades dos 12 anos de desgoverno neoliberal neste País. Era a única
questão que eu queria ressalvar. Obrigado.
O SR. IBSEN PINHEIRO:
Nobre Vereador, em parte, V. Exª tem razão, na
medida em que a orientação extremamente liberal que abriu as portas do
transporte aéreo brasileiro às empresas estrangeiras ocorreu com a sofreguidão
com que o Governo - primeiro o Collor, e, depois, o Governo Fernando Henrique -
seguiu o modelo imposto pelas economias centrais. Nisso, V. Exª tem razão. Mas
lembro a V. Exª que esta política também não foi contrariada nos anos do atual
Governo Lula, que nesse aspecto tem muitas semelhanças com a orientação
anterior; e muitas delas não são nem negativas, nobre Vereador, mas o
descompromisso com a intervenção estatal é um traço neoliberal. E é preciso que
haja uma intervenção estatal para salvar a Varig, não pelo seu passado, embora
também pelo seu passado; não pelo carinho que temos por ela, embora também por
isso; não pelos seus milhares de empregados, embora também por isso; mas porque
interessa ao Brasil e interessa ao Governo, que é credor de cinco ou seis
bilhões de reais e devedor de quatro ou cinco, segundo leio.
Por isso, lembro
ainda que a falência do Banco da Província teve, na mobilização do Rio Grande e
na sensibilidade do Governo da União, uma intervenção estatal que salvou um
Banco, veja, V. Exª - Ver. Carrion - e vejam V. Exas. salvou um Banco por
razões quase que afetivas ou sociais, pelos funcionários. Neste caso, temos as
razões afetivas, temos as razões sociais, mas nós temos razões estratégicas, e
só uma intervenção do Governo da União pode oferecer uma solução.
Devemos reconhecer
que nesta crise da Varig está embutida a política equivocada de abertura súbita
e sem controle do nosso mercado às empresas estrangeiras, especialmente
americanas, mas está também a gestão desastrosa e desastrada da própria
Companhia ao longo dos anos. E essa gestão tornou-se flagrante quando a reserva
de mercado - artificialmente mantida - se extinguiu subitamente; então
apareceram, de fato, os vícios de gestão. Além disto, a crise do petróleo foi
também um elemento coadjuvante.
As causas são muitas,
mas eu concluo, Vereador, dizendo que, infelizmente, a inanição dessa
empresa-símbolo se distingue, Ver. Carrion, dos casos anteriores, porque esta é
a última. O Brasil perderá para as grandes empresas americanas quase todo o seu
mercado externo de transporte aéreo, porque não há no nosso País quem possa
fazer a substituição imediata da Varig.
Então, o que se impõe
é o Governo da União livrar-se do patrulhamento, autopatrulhamento e
heteropatrulhamento de que dinheiro público não pode ser posto. Dinheiro
público, sim! Porque é para isso que existe o Poder Público, para prevenir
situações como essa, ou saná-las, quando possível.
Agradeço pela
tolerância de V. Exª, Sr. Presidente. Obrigado
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Sempre é bom
ouvir o Ver. Ibsen Pinheiro.
Presente no plenário,
e já prestou juramento, o Ver. Dr. Raul, em substituição ao Ver. Haroldo de
Souza, licenciado até o dia 30; ele integrará a Comissão de Educação, Cultura e
Esportes - CECE.
Apregôo a Subemenda
nº 02 à Emenda nº 01, ao PLCE nº 001/06, que dispõe sobre a expedição de
Autorizações para Funcionamento de Atividades Econômicas do Município de Porto
Alegre e dá outras providências.
Inclui, ao final da
redação proposta pela Emenda nº1, ao § 1º, do art. 1º do Projeto, a seguinte
expressão: Art. 1º § 1º (...), “uma única vez, por igual período”, de autoria
do Ver. Raul Carrion.
Apregôo o
Requerimento, de autoria do Ver. Raul Carrion, que solicita dispensa do envio
da Subemenda nº 02 à Emenda nº 01 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 03, ao PLCE nº
001/06, à apreciação das Comissões, e que sejam votadas em destaque.
Em votação o
Requerimento, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que solicita dispensa do
envio das Emendas nºs 01, 02 e 03, Subemenda nº 01 à Emenda nº 01,
Subemenda nº 02 à Emenda nº 01 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 03 ao PLCE nº
001/06 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Professor
Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, hoje ouvimos atentamente a fala da Verª Maristela Meneghetti a
respeito desse episódio de domínio público da licitação do lixo em Porto
Alegre.
Primeiro, eu quero
fazer uma ressalva: quando a Vereadora coloca que a CEFOR solicitou o
cancelamento, não foi a CEFOR. E eu quero dizer que, como membro da Comissão,
eu não votei. Quero levar esta discussão ao âmbito da Comissão, e, se for entendimento
da Comissão, tudo bem. A Comissão conhece os seus limites.
Essa é uma posição
pessoal da Vereadora, legítima, de postular, de propor; só não aceito que seja
uma postulação da Comissão, porque a Comissão não discutiu cancelar ou não, nem
propôs o cancelamento. Lembro-me, e quero refazer esse histórico; o que
apareceu na Comissão, no primeiro momento? Foi uma solicitação de uma Comissão
Especial. Foi discutida, depois, a solicitação dessa Comissão Especial, e houve
o convite - e eu quero dizer que foi convite e não convocação; também temos que
ter esse cuidado - para a presença do Diretor do DMLU, seus assessores e outros
que quisessem participar da reunião.
Quero também dizer
que este é um assunto muito sério, muito perigoso, porque a questão do lixo, no
nosso País, já matou três Prefeitos petistas na região de São Paulo, e é o
grande tema da discussão da corrupção. E há quem diga que o início da corrupção
do nosso País teve a sua origem lá em São Paulo.
Então, quero trazer
de público que o Prefeito Fogaça tem o maior carinho, o maior zelo e cuidado
para com este tema. Até porque os volumes financeiros são mais de 400 milhões
de reais. Um volume altíssimo! O Ver. João Dib diz que são 305 milhões, com as
alterações. O próprio Garipô falou sobre a questão das correções dos valores,
que estão defasados há cinco anos.
Então, eu quero dizer
o seguinte: primeiro, o próprio Diretor do DMLU foi ao Ministério Público e
registrou uma queixa-crime; registrou uma queixa-crime no sentido de que estava
sendo perseguido, e solicitou a quebra do sigilo telefônico da residência dele,
do telefone celular e do telefone do gabinete do DMLU. Registrou essa
queixa-crime e pediu ao Ministério Público uma investigação; e essa
investigação está andando. Houve denúncias. Foi malfeito o processo
licitatório? É possível. Hoje eu ouvi que uma determinada pessoa participou do
edital, e em nenhum momento foi dito isso. O que foi dito é que houve um
processo licitatório para contratar uma empresa. E essa pessoa faz parte,
realmente, do caso do lixo em São Paulo, mas ela não participou do edital:
participou das diretrizes norteadoras do mesmo.
Então, eu quero vir
de público fazer esse esclarecimento, é importante.
Agora, eu quero
também dizer que a Vereadora está no seu papel legítimo de fiscalização, só que
nós temos que fiscalizar em nosso nome, ou em nome do Partido, se for o caso,
do PFL. Não sei qual é a posição do PFL, hoje, sobre isso. Agora, o que nós não
podemos é dizer que foi uma posição da CEFOR. E aí, como membro da CEFOR, eu
não aceito. Quero discutir isso na CEFOR, e, se a CEFOR tiver esse
entendimento, não tem problema nenhum, porque, na realidade, o que se busca,
nesse caso, é o diálogo.
E eu volto a dizer:
este assunto é muito sério, é um assunto que já matou três Prefeitos, e nós
temos que ter todo o cuidado, porque os lobistas andam, realmente, na cidade de
Porto Alegre, andam por aí.
Então, eu tinha que
trazer de público este esclarecimento, porque, senão, uma coisa que é dita
várias vezes pode se tornar, muitas vezes, nociva.
Mas quero ressaltar,
mais uma vez, que o próprio Diretor do DMLU foi o primeiro a registrar
queixa-crime, pedir uma representação do Ministério Público, porque sentiu que
a sua privacidade estava sendo violada. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): A Verª Maristela Meneghetti está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA
MENEGHETTI: Exmo Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores , com relação à fala do Ver. Professor Garcia, que
me antecedeu nesta tribuna, eu havia dito anteriormente, no período de Grande
Expediente - e reitero - que a sugestão de suspender provisoriamente a
licitação, bem como a formação de uma comissão de Vereadores que venha a
integrar a já formada força-tarefa, que é composta pelo Ministério Público
Estadual, pelo Ministério Público Especial do Tribunal de Contas e pela Polícia
Civil para acompanhar as investigações, é uma manifestação minha, foi uma
sugestão minha, pessoal. Mas não houve, Sr. Presidente, em momento algum,
discordância, Ver. Professor Garcia, por parte dos integrantes da nossa
Comissão. É que V. Exª não estava mais presente no final da reunião.
Infelizmente.
Eu não vejo nenhum problema, Vereador, de uma comissão
de Vereadores vir a integrar essa chamada força-tarefa. E, inclusive, eu já
obtive o apoio da Verª Sofia, que, numa conversa, ontem, gostaria de vir a
integrar esta Comissão.
E todas as indagações
que fiz são baseadas na representação de nº 11 do Ministério Público Especial
do Tribunal de Contas do Estado, que diz o seguinte: “A presença do referido
consultor foi confirmada, - o consultor é o Sr. Fabio Pierdomenico -
pelo Diretor-Geral do DMLU, o Sr. Garipô Selistre da Silva, em audiência
realizada neste Ministério Público Especial, no dia 30 de maio, bem como pelo
Sr. Valdeci Paulo Gomes de Oliveira, servidor daquela autarquia, em informações
prestadas no dia 6 de junho.”
Bem, se não há nenhum
problema, se a licitação é clara, é transparente, eu não vejo nenhum problema
em investigar. Se não há nenhum indício, se não houver nenhuma irregularidade,
parabéns ao Prefeito e à sua equipe. E veja bem, Professor Garcia, no momento
em que ele participou das diretrizes, essas diretrizes são peças componentes do
edital. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): A Verª Mônica Leal está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo deste Vereador, que transpôs seu
tempo com a Verª Sofia Cavedon.
Ontem, desta tribuna, eu escutei o Ver. Todeschini
fazer acusações sérias contra a EPTC, e fui atrás dessas informações.
Pesquisei, conversei demoradamente com o Secretário Senna, porque esta é a
minha obrigação. Mesmo sendo uma Vereadora, e principalmente sendo uma
Vereadora da situação, eu devo essa resposta ao porto-alegrense. E, neste
momento, eu gostaria de trazer aos Srs. Vereadores e às Sras. Vereadoras e ao
porto-alegrense as informações que recebi.
Registro a presença do Ver. Todeschini, que eu pedi
que estivesse aqui para escutar, porque é muito importante, Vereador, que eu
lhe passe essas informações, neste momento.
O Governo Fogaça,
todos nós sabemos, tem buscado um equilíbrio e uma harmonia na política de
trânsito de Porto Alegre, procurando melhores condições na circulação dos
motoristas e dos pedestres. No que se refere aos ciclistas, já foram tomadas
várias medidas, e eu citaria como exemplo a abertura do corredor de ônibus da
3ª Perimetral para bicicletas, aos domingos. Também contratou a empresa para
desenvolver o Plano Diretor Cicloviário, que dará à Cidade a sua primeira rede
de ciclovia e ciclofaixa. A Administração tem procurado também reduzir o número
de acidentes; valorizar a vida humana com educação; promover ações que
conscientizem as pessoas sobre este tema; com engenharia; vias em condições de
pavimento; sinalização e funcionamento de semáforos.
A fiscalização tem
como objetivo um esforço legal e ações voltadas para impor o rigor da Lei para
aqueles que descumprem o Código de Trânsito Brasileiro. Na nossa gestão não foi
implantado nenhum equipamento eletrônico; ao contrário, alguns foram,
inclusive, desativados; todos foram, pelo que fui informada, instalados durante
a gestão do PT. A fiscalização continua sendo feita pelos conhecidos
“azuizinhos” e meios eletrônicos já existentes. Essas dificuldades enfrentadas
pelo Governo do PT, no passado, continuamente responsabilizado por formar a
chamada indústria da multa em Porto Alegre, acusado pelo Sindicato dos Agentes
de Fiscalização, isso continua acontecendo - hoje também levamos essa acusação.
O PT bem sabe que isso vem do mesmo sindicato. Então, senhores, este Sindicato
dos “azuizinhos” e a oposição que usam a fúria arrecadatória, usavam no passado
e continuam usando. Mas a insinuação de que a diretoria da EPTC estaria
ordenando para aplicar mais multas na cidade de Porto Alegre, eu, como cidadã,
pergunto aqui: se houvesse essa ordem de mais multas, como seria possível
guardar esse segredo com 400 funcionários? Então isso não confere pelos dados
que tenho aqui da EPTC.
Outra coisa: as
multas, pelo que eu sei, só diminuíram no ano de 2004, porque em todos os
outros anos nós tivemos um acréscimo, e, claro, todos nós sabemos que é comum
em ano de eleições essas multas diminuírem. Gostaria de registrar nesta tribuna
que em 2005 ocorreram 14 mortes a menos do que em 2004, resultado de uma
fiscalização eficiente, e a população tem exigido essa fiscalização constante
nas ruas de Porto Alegre. Então, senhores porto-alegrenses, eu, como Vereadora
e Vice-Líder deste Governo, senti-me na obrigação de trazer esses dados, porque
também estava preocupada com essas denúncias. Sou motorista, sou pedestre,
tenho filhos e pessoas preocupadas com o trânsito. O Governo Fogaça prontamente
me deu as devidas explicações, e eu me sinto satisfeita. E gostaria de
informar isso ao querido Ver. Carlos Todeschini e aos Srs. Vereadores e
Vereadoras da cidade de Porto Alegre. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz, acho que a Verª Maristela Meneghetti
coloca com propriedade quando diz que a Câmara, que é o órgão fiscalizador, tem
de participar de todas as ações administrativas, especialmente desta, Vereador;
acho que está absolutamente correta.
Eu tenho dito aqui
desta tribuna, e quero repetir, que acho que Porto Alegre tem alguns
indicativos administrativos avançados, mas outros, em atraso. Eu acho que esta
questão do lixo, Ver. Luiz Braz - e V. Exª conhece bem esta matéria -, é um dos
indicadores atrasados.
Não pode a Cidade da
participação popular, da cidadania, ter um recolhimento de lixo como o que
ocorre hoje, com apenas 10% ou 15% de lixo sendo separado. Não pode, Verª
Maristela Meneghetti, uma cidade como Porto Alegre ter apenas 14 unidades de
triagem! Não pode uma cidade como Porto Alegre, por exemplo, ter uma estação de
transbordo, que fica numa ponta da Cidade, e o lixo no outro extremo, a 99 km
da cidade de Porto Alegre! Não pode - na minha avaliação - não ter um consórcio
com a Grande Porto Alegre para uma alternativa do destino final do lixo! Não
pode, na cidade de Porto Alegre, não ter uma alternativa de trabalhar melhor a
questão das carroças da Cidade e dos carrinheiros! Para mim, Verª Maristela
Meneghetti e demais Vereadores, esta é a questão em julgamento. Eu não vou
botar “chifre em cabeça de égua”. Eu vim a esta tribuna na oposição por 200
vezes, dizendo que havia aqui a indústria, Ver. Dib, dos contratos
emergenciais, e ninguém vai ter-me como aliado para que a administração do
Fogaça faça uma enxurrada de contratos emergenciais.
E aí eu tenho de
dizer, alto e em bom som: há gente com interesse para que não saia essa
licitação, porque quer continuar com os contratos emergenciais. Mas tem que vir
dizer com clareza, porque, quando há clareza, não há problema. Agora, diga
isto: eu quero ter contratos emergenciais.
Então eu acho que a
Câmara, sim, em boa hora, vai acompanhar, como tem acompanhado.
Eu quero dizer que
não estou “vendo chifre em cabeça de égua”. Eu acho que tem uma licitação em
andamento que tem um punhado de interesses. E, aliás, eu quero dizer ao Ver.
Professor Garcia, que disse que morreram três Prefeitos em São Paulo: diz que
morreram três Prefeitos em relação à questão do lixo, talvez tenham sido os
únicos rebeldes. Mas eu quero dizer que eu não estou vendo morte aqui em Porto
Alegre, eu estou vendo muita transparência. Eu não estou vendo morte.
Mas eu quero voltar a
essa questão, dizendo o seguinte: havia no último ano uma empresa - eu não
tenho memória curta -, a quem a administração do PT pagava 39 reais e alguns
quebrados por tonelada de lixo, Verª Clênia, e que depois o Sr. Darci Campani
teve que devolver um milhão, porque a concorrência que ele lançou dava como
teto 32 reais por tonelada, e a empresa foi contratada por 28 reais. Já vinha
de uma enorme quantidade de contratos emergenciais, e só saiu da
emergencialidade porque nós, Ver. Braz, cobramos e levamos ao Ministério
Público.
Pois eu não quero que
vá para a emergência. Se há correções a fazer, que se faça; se há modificações
a fazer, que se faça. E a Câmara tem de participar? Tem de participar como tem
participado.
Ah, tem que vir ao
Plenário? O Garipô sempre esteve à disposição. Todas às vezes que foi
convidado, esteve à disposição.
Então, com toda a
tranqüilidade, com toda a firmeza, quero dizer o seguinte: cá para nós, Porto
Alegre precisa avançar; precisa ter lixeiras nesta Cidade; precisa haver um
recolhimento seletivo melhorado; precisa trabalhar a questão das carroças e das
unidades de triagem. É preciso unificar, Ver. Braz! Eu não posso, como cidadão,
ao querer limpar a praça perto da minha casa, ter de ligar para a SMAM; se
quiser limpeza no riacho, tenho de ligar para o DEP, e para a limpeza da rua,
tenho de ligar para o DMLU. Tem de unificar! E essa licitação trata dessas
coisas simples, mas que são importantes para a vida da Cidade.
Então, eu quero aqui
dizer, Ver. Professor Garcia, que eu estive lá na CEFOR, como vou em muitas
outras Comissões, em todos os assuntos que me interessam, em qualquer Comissão
eu vou; não vou como claque, não! Vou participar, porque acho que isso, efetivamente,
é da boa luta política - e até porque o companheiro Garipô não precisa de
claque, ele tem competência, ele é extraordinário. Mas, quero dizer que fui lá,
como irei em todo e qualquer debate que houver sobre o lixo, como fui na
oposição, e vou agora que estou no Governo, porque acho que é uma matéria
extremamente importante para a cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Ver. Sebastião Melo.
A Verª Manuela
d’Ávila está com a palavra para uma Comunicações de Líder.
A SRA. MANUELA
D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, antes de fazer a fala que me trouxe a esta tribuna, eu gostaria de
fazer dois registros, Ver. Dib. O primeiro deles com relação à questão do DMLU.
Eu acho lamentável que nós escutemos aqui na nossa Casa que nós tomemos
cuidado, porque já morreram três. Eu queria parabenizar a Verª Maristela
Meneghetti, uma nova Vereadora, seu primeiro mandato aqui nesta Casa, que toma
a iniciativa, sim, de cumprir o seu papel, Ver. Melo, de Vereadora, e
fiscalizar aquilo que acontece no Município de Porto Alegre. Nós não podemos,
Verª Maristela Meneghetti, ouvir e nos calar diante dessas manifestações; nós
não temos que ter medo; temos que ter coragem de enfrentar os problemas de
qualquer esfera da Administração pública, de qualquer esfera do Estado
nacional, seja do Município, seja do Estado ou da União. Nós não podemos temer
essas máfias, verdadeiras máfias organizadas no nosso País, e, pelo que vejo e
quero ver investigado, agora também, provavelmente, com participação especial
do nosso Município.
E gostaria de
registrar - ouvi atentamente o esclarecimento da Verª Mônica Leal com relação à
EPTC - que, no dia de ontem, Ver. Dib, quando eu saí daqui da nossa Casa e me
dirigia a uma Universidade para também trabalhar, prestar contas do mandato,
tive de ligar quatro vezes para o número 118, porque um ônibus da STS trafegava
num ângulo de 45 graus do chão, com o eixo quebrado, com mais de 60 passageiros,
mais de 60 cidadãos e cidadãs do nosso Município, que andavam num ônibus que,
pelo menos há cinco ou seis meses, não passa por nenhum controle de qualidade;
não deve passar também pelo controle de qualidade do ar, porque anda com o eixo
quebrado. E eu fiz questão de seguir o ônibus, porque fiquei telefonando e
esperando a intervenção dos fiscais de trânsito da EPTC naquela linha, que não
aconteceu, durante mais de dez quadras do transcurso. E eu repito: não era uma
cena qualquer. Eu não sou nenhuma entendida em veículos automotores, nem sequer
sou condutora; agora, era uma cena dantesca, que me chamava a atenção, e eu
estava num carro a três pistas de distância daquele ônibus! Isso nos chama a
atenção, e temos, sim, que cobrar que o controle da nossa Empresa Pública de
Transportes Coletivos seja mais real, tenha mais vínculo real com a vida dos
cidadãos, porque nós não estamos tratando aqui só da poluição, dos gases que os
veículos emitem; nós estamos tratando de vidas de trabalhadores
porto-alegrenses, porque são principalmente trabalhadores que se deslocam,
utilizando-se daquela linha, são os homens e as mulheres que constroem a nossa
Cidade que utilizam o transporte coletivo, os ônibus da nossa Cidade.
E eu queria comunicar
aos Vereadores e Vereadoras desta Casa que nós tivemos protocolada, ontem, uma
Emenda de autoria da Verª Sofia Cavedon, com relação ao Fundeb, e me causa
estranheza, Verª Neuza Canabarro, que nenhum Vereador desta Casa ainda não
tenha se manifestado sobre a posição dos Senadores em Brasília, que estão
obstruindo a pauta do Senado, impedindo a votação do Fundeb. Nós não podemos
também permitir que no nosso País, por se aproximar uma eleição presidencial e
pelo fato de a oposição conservadora neoliberal estar desesperada a ponto de o
ex-Presidente da República partir para agressões pessoais com o atual
Presidente, no ápice da sua desqualificação política, os Senadores brasileiros
brinquem com o presente da juventude, dos adolescentes e das crianças deste
País. O Fundeb não é presente que o Governo Federal está dando aos Municípios e
aos Estados; o Fundeb é fruto da luta dos educadores, dos estudantes, do povo
brasileiro, que quer ver ampliada a verba para a Educação Fundamental, para o
Ensino Médio e Infantil.
Nós estamos tratando,
Verª Margarete Moraes, de ampliar em dez vezes o investimento do antigo Fundef
para o Fundeb, que está em votação, e os Senadores estão brincando com a nossa
vontade política, eles estão brincando com a construção de perspectiva de
futuro para os adolescentes e para a juventude brasileira.
E eu quero registrar
para a Bancada do PMDB que o “bom moço”, aquele de quem ninguém tem coragem de
falar, o Senador Pedro Simon, é um dos que estão obstruindo a pauta do Senado.
Ele que gosta tanto de falar na mocidade, com a voz calma, com aquela maneira
que parece intocável, um homem que é Senador há mais tempo do que eu existo,
Ver. Sebastião Melo, que é Senador há 24 anos, está brincando com o futuro do
Brasil, está obstruindo a votação do Fundeb no Senado. Nós temos que desmascará-lo,
porque, estranhamente, mais uma vez, a imprensa gaúcha não noticia que o
Senador Pedro Simon, tão sério, com uma história tão comprometida como nosso
Estado, brinca, obstrui a pauta, deixa, faz com que a verba para a Educação
brasileira não seja ampliada em dez vezes, Ver. João Antonio Dib. Nós estamos
tratando de aumentar em dez vezes, e esse Senador do nosso Estado é o único dos
três Senadores gaúchos que brinca com o futuro das crianças, dos adolescentes e
da juventude brasileira. Hoje nós temos vergonha, sim, de ter um Senador com
tanta experiência, que não respeita a Educação, que não luta por ela e que não
luta para que o Fundeb seja aprovado, e fica brincando de obstruir a pauta em
Brasília. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o meu Partido chama-se PSDB; não sou do PMDB, mas quero fazer um
reparo ao discurso da Verª Manuela, a quem eu prezo muito, mas que talvez se
tenha excedido verbalmente.
Eu construí - e falo
na primeira pessoa, porque foi contra tudo e contra todos - um posto de saúde
na Vila Dique, Vereadora, que estava caindo dentro do dique. Em uma tarde muito
fria, eu levei, à Av. Dique, o Senador Pedro Simon. Ele, comovido, interessado,
viu o nosso trabalho e, com grande emoção, nós mostramos mães esquálidas, que,
com o aleitamento materno, tinham filhos de Primeiro Mundo, crianças que
passavam o primeiro, o segundo ano da sua existência, Verª Margarete, sem ter
moléstia nenhuma, porque eram amamentadas pelas suas mães, e o aleitamento faz
este milagre: mães pobres, desnutridas, esquálidas e filhos saudáveis. Pedimos
ao Senador que buscasse recursos para esse tipo de trabalho. Ele, pelo
telefone, marcou hora. Fomos a Brasília, ao Ministério, e, imediatamente, foram
liberadas as verbas, Dr. Raul. Eu era Superintendente do Grupo Hospitalar
Conceição.
E 13 postos de saúde,
na Zona Norte de Porto Alegre, construídos pelo Grupo Hospitalar Conceição,
foram feitos com essa verba, por um convênio. O Senador nos recebeu em Brasília
e, no carro dele, nos levou ao Ministério; foi junto, pediu encarecidamente
para o então Ministro Jamil Haddad, da Saúde, que liberasse a verba, porque o
Projeto era excelente, e esse Projeto era de prevenção, era Projeto para
crianças, e hoje se chama “Programa de Saúde da Família”.
Então, por um momento
de posicionamento, por uma estratégia, muitas vezes Parlamentar, lícita e
honesta, chegar a essa conclusão é uma injustiça clamorosa, e eu me sinto no
dever, não sendo do Partido do Senador Simon, de defendê-lo, porque foi
cometida uma profunda injustiça a um Senador; podem até divergir dele, mas é um
orgulho para o Rio Grande do Sul a sua postura, a sua dignidade e seu acendrado
destemor na defesa das nossas crianças, dos nossos postos de saúde, das nossas
escolas, das milhares que ele já conseguiu, indo de porta em porta, nos
Ministérios em Brasília, pedindo verbas. Eu sou testemunha disso, porque eu
vivi, e vivi demoradamente, inclusive os frutos desse auxílio para uma
população que hoje desfruta de uma das melhores redes e de um dos melhores
programas que há no País, que foi o Grupo Hospital Conceição, nesses 13
maravilhosos postos de saúde feitos na Zona Norte de Porto Alegre, que são
concepções ideais para a Saúde e que, desgraçadamente, não estão disseminados
por toda a Cidade.
Então, faço esse
reconhecimento e, publicamente, quero dizer que houve um equívoco grosseiro da
Verª Manuela nesse tipo de acusação ao Senador Simon, o que é, no mínimo, uma
injustiça.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente; Sras
Vereadoras; Srs. Vereadores, sobre o tema, Verª Mônica, da EPTC e das multas,
infelizmente, os números destroem a sua argumentação. De fato, o Governo e os
Partidos que lhe dão sustentação aumentou abrupta e significativamente as
multas na cidade de Porto Alegre, e a nossa principal cobrança tem que ser a da
coerência. Esse é que é o tema, Ver. Sebastião Melo, que eu quero trazer aqui,
porque o atual Presidente da Assembléia, o Deputado Záchia, fez palanque,
acusando a Administração do PT de fúria arrecadatória. Havia pessoas ao lado do
“pardal” com uma plaqueta e nesta estava escrito: “Aqui mais um pardal
arrecadador”. Eu me lembro muito disso. Eu me lembro de o Ver. Valdir Caetano
trazer uma turma aqui para dentro e acusar a Administração Popular de fúria
arrecadatória, de aplicar multas, de fazer caixa com multa.
Então eu quero
coerência dos Partidos que sustentam o atual Governo. Pelo menos, que venham
fazer mea-culpa aqui e dizer que estava correto, e que tem que multar. Venham
fazer mea-culpa! Aí, nós paramos de discutir e vamos discutir outros aspectos
da EPTC, gravíssimos, como os que a Verª Manuela trouxe, como a diminuição da
qualidade dos ônibus, como troca de linhas, linhas do melhor IPK, entregues
pela CARRIS para as empresas privadas.
Então é dessa questão
que nós queremos tratar, qual é a coerência, quem está certo? Ou era a
Administração Popular que estava certa, ou era a oposição que é incoerente?
Quando é oposição, desgasta contra a vida da população, e depois, quando é
Governo, aplica, sim, porque é muito bom arrecadar recursos com multas!
E há, sim, uma
aplicação de multas que é desleal e incorreta, e eu quero sustentar isso. Há a
multa do telefone celular e do cinto de segurança, que os “azuizinhos” não
param o carro, não fazem fotografia, não tem comprovação, e impedem que o
cidadão conteste a multa. E essa multa está sendo aplicada a varrer na cidade
de Porto Alegre por pessoas atocaiadas, sim. Então eu acho que isso não é
cidadão, a EPTC tem que ser revisada na sua gestão e melhor controlada.
Queremos tratar
também da questão do lixo, Ver. Sebastião Melo. É impressionante o que
aconteceu durante o processo licitatório. Uma licitação que tinha um custo
estimado de 405 milhões de reais baixou 100 milhões de reais no seu custo. Cem
milhões de reais não são qualquer coisa! Não são mil reais, nem 5 mil reais,
Ver. Dib! São 100 milhões a menos no custo da limpeza urbana! Era possível
então gastar menos 100 milhões?! Esse é o fato do momento. Porque os técnicos
do Ministério Público estão verificando a questão da licitação. Agora, o que
nós dizíamos aqui na tribuna, que o Prefeito Fogaça com os seus Secretários fez
uma escolha e não consultou, não discutiu com a cidade de Porto Alegre, como
deveria fazer, de passar do sistema misto para o totalmente terceirizado, e
dizíamos na tribuna que este custo está estimado no dobro do custo que a cidade
de Porto Alegre praticava até então com Limpeza Urbana, uma área elogiada e bem
conceituada pela Cidade. Ver. Sebastião Melo, como o senhor explica - e eu
estou tentando entender, porque eu não peguei o edital, o edital custa 200
reais, quer dizer, a população não está podendo controlar o edital, pois tem de
pagar 200 reais para ter acesso ao edital -, a redução de 405 milhões para 300
milhões de reais? Aí, eu fui olhar o edital (Mostra o edital.) as reduções
estão ali: considerar 2 (dois) caminhões ao invés de 5 (cinco). Em vez de cinco
caminhões, poderão ser dois caminhões agora!? Ao invés de 35 roçadeiras, agora
podem ser 14. Ao invés de 250 pontos de varrição, ou de coleta, baixaram para
155; de 550 para 340. Então, isso aqui era demais, isso aqui era um
superfaturamento para a empresa fazer menos e lucrar? O que eram esses 100
milhões a mais?
O Governo tem que
explicar; isso é muito grave, tão grave como a dispensa de funcionários
qualificados, Ver. Sebastião Melo, que estão encostados ali, lá, acolá,
despotencializados. Isso se chama assédio moral, e esse é um dos temas que nós
pautamos na CPI da Biometria como um dos vários temas que são causa das
inúmeras biometrias. O assédio moral, o desrespeito, a desvalorização do
funcionário municipal, Ver. Dib, e por isso, os três Vereadores da Bancada do
PT votaram contra o Relatório, eu, o Ver. Todeschini, o Ver. Adeli Sell, porque
o Relatório não apontou os elementos que causam essas biometrias e que
apareceram no processo de debates da CPI. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Mario Fraga está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MARIO FRAGA: Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos, neste momento, e
Vice-Presidente desta Casa; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
público que nos assiste pela TVCâmara, demais pessoas presentes no plenário,
vou falar sobre alguns assuntos do PDT, agradecendo ao nosso Líder e à nossa
Bancada pela cedência deste tempo. Mas, antes de falar sobre o PDT, eu gostaria
de falar sobre os dois assuntos que estão em voga na Casa.
Sobre o DMLU, eu
diria para uma das Lideranças do PT, a Verª Sofia Cavedon, que consultasse o
ex-Vereador e ex-Diretor do DMLU, Darci Campani, que, se não sair essa
licitação, se o preço, o Orçamento gasto pelo DMLU não ficará mais caro que a
atual licitação? Podem ter certeza disso, se não sair essa licitação, nós vamos
gastar muito mais com os contratos emergenciais. Eu tenho absoluta certeza
disso, e digo que podem pedir o testemunho de Darci Campani, ele sabe como é
que funciona, infelizmente.
Também quero dar os
parabéns para a Verª Neuza, que concluiu o seu trabalho na CPI da Biometria,
que também é uma coisa, Ver. João Dib, que todos nós, Vereadores, sabemos que
acontece na cidade de Porto Alegre, não é deste Governo, não é do Governo
passado, mas infelizmente ainda acontece, e, com certeza, o Prefeito Fogaça vai
analisar o Relatório da Verª Neuza e terá efeitos nesta Cidade.
Para a nossa
satisfação, nós, do PDT, estamos contentes, nesta semana, e, ao mesmo tempo,
tristes pela passagem dos dois anos do falecimento do nosso ex-Governador e
ex-Líder nacional, Leonel de Moura Brizola. Nós temos como símbolo a frase:
“Brizola Vive”, e esta semana toda foi de muita alegria para nós do PDT.
Começamos aqui com a homenagem do Ver. Nereu D’Avila, nosso Líder, que concedeu
o Prêmio Leonel Brizola - Ética na Política, ao nosso Presidente Regional do
Partido, Dr. Matheus Schmidt, em uma homenagem feita nesta Casa, pela Casa e
por todos os 36 Vereadores da cidade de Porto Alegre. Agradecemos aos
Vereadores de outros Partidos pela manifestação naquela oportunidade.
Ontem, na Assembléia
Legislativa, o nosso Deputado Estadual Vieira da Cunha prestou homenagem também
ao Leonel de Moura Brizola, em que estiveram presentes diversas lideranças do
nosso Partido. Aqui na Câmara, inclusive, esteve o Presidente Nacional do PDT,
o Carlos Lupi, carioca, que já é “cariucho”, pois se diz carioca e gaúcho, e
nós temos muita admiração por ele também aqui em Porto Alegre.
Na Assembléia
Legislativa, o Deputado Vieira fez uma homenagem e recebeu as lideranças,
dentre elas, destaco o Governador Alceu Collares, que veio de Brasília para
participar desse momento festivo que nós lá fizemos, ontem à tarde. E, também,
para nossa satisfação, nesta semana, para marcar os dois anos de passamento de
Leonel Brizola, a Assembléia Legislativa aprovou um Projeto do Deputado Giovani
Cherini, Líder do PDT, que declara Brizola patrono da Educação do Rio Grande do
Sul. Esperamos a imediata sanção do Governador Germano Rigotto, e, temos
certeza que assim o fará, e damos os parabéns, então, ao Deputado Giovani
Cherini, pela iniciativa, quase que óbvia, mas, infelizmente, ainda não havia,
neste Estado, um Projeto dizendo que Leonel Brizola é o patrono da Educação no
Rio Grande do Sul.
Também queria
comunicar aos que não assinaram o nosso Projeto, que junto a uma tratativa e
uma discussão que tivemos com Sérgio Naglia, Márcio Bins Ely e o Ver. João
Bosco Vaz, estamos dando o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre à Srª Diza
Gonzaga, da Fundação Thiago Gonzaga, do programa Vida Urgente, que tanto
trabalho tem feito pela Cidade para tentar salvar os jovens adolescentes. No
momento, inclusive, em que a Verª Maria Luíza, que está conosco neste dia,
falava a respeito dos drogaditos, e de seu trabalho também, que eu conheço, na
Vila Maria da Conceição principalmente, e em toda Cidade, queria dar os
parabéns também à Vereadora que esteve nesta Casa.
Então, para nós, do
PDT, neste momento em que o Brasil tanto precisaria, infelizmente não temos
Leonel Brizola vivo, mas temos a sua memória. E, para nós todos, isso é muito
importante. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, quem mal não faz mal não pensa. Este Vereador gosta de dizer e
afirmar que é servidor municipal por vocação, formação e convicção. Eu não
votaria nada contra os servidores, de forma nenhuma. Portanto o Relatório da
Comissão Parlamentar de Inquérito foi aprovado por este Vereador e mais quatro
outros Vereadores, porque estava absolutamente correto, estava absolutamente
dentro daquilo que determina o Regimento Interno.
Por outro lado, eu
quero dizer que, quando se fala no problema da concorrência do Departamento de
Limpeza Urbana, eu tenho procurado me afastar, até por algumas razões que não
vêm ao caso neste momento. Mas são tão simples as coisas, que a Verª Sofia
consegue ler os itens que foram modificados para alterar os valores; ninguém
está escondendo nada. Agora, esta Casa analisou, no passado, o motor de
explosão mandado estudar pelo Departamento de Limpeza Urbana três dias antes de
o Prefeito Olívio Dutra deixar o Governo, e três dias antes de o Ver. Campani
deixar o Departamento de Limpeza Urbana. Foram pagos com tanta pressa os 30%
para a Fundatec, que se enganaram e pagaram para a Cientec, que, é claro,
devolveu o dinheiro. Mas eu também lembro que esta Casa investigou o problema
da balança do lixo, e depois o Prefeito Tarso Fernando Genro fez uma auditoria
em cima da Administração do Sr. Olívio Dutra, e, na auditoria, constatou-se um
prejuízo de um milhão de dólares, quando em 14 ou 15 meses a balança esteve
quebrada, e aumentou a carga de lixo transportado por caminhão. Quando a
balança foi consertada, tudo voltou ao que era antes. Então, essas coisas eu
prefiro não comentar com mais detalhes, mas eu posso.
Gostaria de registrar
que eu acho que a Verª Manuela fez muito bem em telefonar para o 118, dizendo
que o ônibus estava em péssimas condições, apresentando risco para a população
que estava sendo transportada naquele momento. Eu quero dizer que não tenho
nenhuma razão para defender o Secretário Senna, nenhuma, mas nenhuma mesmo! Mas
eu fui o primeiro, antes de ser Secretário de Transportes, a implantar o
sistema de fiscalização de vistoria dos ônibus, e foi aqui na Praia de Belas,
não lá onde hoje está a SMT, com rampas que nós fizemos, de madeira, na
Administração Loureiro da Silva, para vistoriar periodicamente os ônibus. E
essa vistoria, depois, passou para a Secretaria Municipal de Transportes, nos
seus terrenos próprios, em local que eu tive a honra de ter construído as
rampas, e continua-se fazendo uma vistoria sistemática. Táxi, ônibus, lotação e
os veículos contratados pela Prefeitura são vistoriados lá. Então, não há por
que colocar dúvidas sobre os serviços da Secretaria Municipal de Transportes.
Volto a dizer: não tenho que defender o Secretário da Mobilidade Urbana, Sr.
Senna - falei uma vez com ele, mas ficou só nisso. Acho que a Secretaria está
fazendo um bom trabalho. Nós mantemos um bom nível de transporte coletivo
urbano.
Agora, realmente, em
2004, como em 2000, o número de infrações diminuiu. A Cidade toda notou isso e
a imprensa registrou: os “azuizinhos” não estavam operando. Claro que em 2005,
com cerca de mais 80 servidores, tinha que crescer o número de multas. E é só
andar no trânsito da nossa Cidade para ver a quantidade de infrações que são
cometidas, apesar da sinalização que há. Por exemplo, na Avenida Ipiranga:
seguir sempre na mesma faixa, não trocar de faixa. Pode-se ver quanto ziguezague
é feito por alguns motoristas, colocando em risco os demais condutores.
Então, a fiscalização
não tem, no meu entendimento, como primeira missão multar, punir; a primeira
missão é fiscalizar, e fiscalizar significa o velho apito dos guardas de
trânsito, sinalizando que o veículo estava mal-estacionado, que não se podia
estacionar, mas a pessoa não estacionava. Mas não há mais aqueles apitos que o
antigo Código de Trânsito utilizava. Então, eu acho que a EPTC faz um bom
trabalho para a Cidade. É claro que nós, cidadãos, nós, Vereadores, temos que
informar todas as irregularidades encontradas nas ruas da Cidade, para que eles
também possam se deslocar e atender. Mas eu acho que não cabem as reclamações
que são feitas aqui contra a Administração que está aí há um ano e meio - vai
fazer um ano e meio -, como se tudo acontecesse agora.
E volto a dizer que o
relatório atende aos servidores municipais, sim, nas conclusões feitas a
respeito da CPI; preocupa-se com os servidores municipais e, por isso, foi
aprovado. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Ver. João Dib.
O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Luiz Braz, Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, eu tenho uma admiração muito grande pela Verª Manuela,
aliás, acho que a Casa toda tem, mas ela cometeu aqui um profundo equívoco;
enquanto ela estava na tribuna, eu fui falar com o Senador Pedro Simon, que me
disse, em letras garrafais: o que está obstruindo a pauta do Senado são as
Medidas Provisórias mandadas para o Congresso por este Governo neoliberal
recauchutado da banqueirada! É isso que está obstruindo, e o Senador Pedro
Simon fez uma Emenda, a pedido da Confederação Nacional dos Municípios, para,
em vez de criar um fundo, criar três fundos para o Fundeb, justamente porque os
Prefeitos não querem que caia nas costas das Prefeituras. Aliás, o Senador
Pedro Simon disse que vai ligar para ela
(Aparte anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)
O SR. SEBASTIÃO MELO:
Não faça isso, Vereadora, isso não é da boa luta
política, o povo do Rio Grande do Sul conhece Pedro Simon, já o fez Governador,
Ministro, Senador, Deputado Estadual! Não faça isso! Isso não está correto,
isso não é da boa política! Se V. Exª quer apoiar o incentivador da ocupação da
Aracruz, Miguel Rossetto, faça isso de forma mais elegante! Se V. Exª quer
apoiar o Ministro que foi o pior Ministro da Reforma Agrária, faça isso! É um
direito que V. Exª tem! Mas não faça isso em cima da dignidade e da honradez do
homem público, Senador Pedro Simon! Isso não fica bem.
Volto ao tema instado
pela Líder do PT, especialista na área do lixo no Brasil. O PT é especialista
em lixo, pode falar com muita tranqüilidade. Aliás, ontem, quando eu estava
sentado ao lado do Ver. Adeli, o Garipô Selistre trouxe algumas comparações. V.
Exª estava lá, o Ver. Adeli me provocou, e só faltou ele dar o exemplo de
Ribeirão Preto, porque ele deu o exemplo de Campinas, deu o exemplo de São
Paulo, mas faltou Ribeirão Preto. Então, Verª Sofia Cavedon, que merece atenção
especialíssima, o que houve? Teve que haver uma adequação orçamentária, e,
quando se fez a licitação, fez-se uma licitação de 405 milhões, e não
observaram que a Prefeitura tem uma lógica orçamentária, que o DMLU tem uma
lógica orçamentária, e que não se pode, de uma hora para outra, mudar esse
orçamento! Tanto é que, se V. Exª olhar a proposta, vai ver que os serviços vão
num crescente de 2007 para 2008, para 2009, para 2010. Então, V. Exª merece a
resposta, e ela está dada. Há uma adequação orçamentária. Agora, V. Exª não
pode dizer também, com relação aos serviços, que não está havendo mudança
nenhuma! O serviço do DMLU sempre foi terceirizado na sua grande maioria!
Então, não há alteração.
Então, V. Exª também
não pode proceder dessa forma. Eu acho que a boa crítica sempre constrói. Mas o
que estão querendo fazer com esse negócio é inverter um processo, Ver. Cassiá.
Se o Governo não fizesse licitação... Mas o Governo vai fazer o contrato emergencial!
Agora, o Governo quer qualificar, quer colocar contêiner em vários bairros da
cidade de Porto Alegre: na Lima e Silva, no Menino Deus, para dizer: “Olhem, o
cidadão não vai colocar mais o lixo na porta de casa!” Pois a licitação diz que
esta Cidade, que não tem, na sua quase totalidade, lixeiras ao leito das ruas,
essa licitação trata disso! Pois essa licitação qualifica o tratamento dos
arranjos locais com a questão da carroça, do carrinheiro! Mas sempre ouvi aqui,
por parte de todos, que esse é um assunto que merece uma atenção especial! Ou
estou, por acaso, louco?
Pois bem, então estou
vendo que o PT está querendo pegar em “fio desencapado”, porque um Presidente
da República, Ver. Ibsen, que tem que inaugurar pedra fundamental com dinheiro
público, com avião público, com toda essa entourage, e depois esse
cara-de-pau, o Ministro Tarso Genro, diz que não, que ele não vai mais
inaugurar obras, mas vai vistoriá-las! E a terceira declaração do Tarso é no
sentido de que ele deve andar, nos últimos dias do período eleitoral, fincando
alguma estaca em algum lugar: “Aqui, se eu for eleito, vou fazer uma obra”.
Acho que essa é a terceira declaração.
Então, um Governo que está chafurdado no lamaçal em
que está, tem de pegar em “fio desencapado”! Não vamos “botar chifre em cabeça
de égua”; a licitação é correta, é certa, está sendo feita com transparência, e
quem deve explicação, primeiro, é o Dr. Campani, que tem de pagar um milhão!
Que deposite o dinheiro na conta Município, para depois o PT contestar! Porque
está faltando dinheiro para as creches. Esse um milhão que ele deve ele tem de
pagar! Pague! O PT que faça uma vaquinha e dê o dinheiro para o Campani, para
devolver o dinheiro aos cofres públicos, dinheiro da nossa gente sofrida de
Porto Alegre! Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Cassiá Carpes está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, Verª Neuza Canabarro, quero aqui
começar a me posicionar sobre a CPI, embora não tenha feito parte da Comissão,
até porque estava como Secretário e retornei há pouco para a Casa, mas quero
dar algumas opiniões como Vereador e como ex-Secretário.
Acredito, Verª Neuza, que o funcionário público
municipal, muitas vezes, é vítima desse processo, porque durante esses 16 anos
no município de Porto Alegre, o que aconteceu com o funcionário público? Muitas
promessas, melhoria de salários, e muito envolvimento na questão política;
funcionários agudamente envolvidos, nos 16 anos, como se o PT fosse resolver
todos os problemas dos funcionários municipais e até incluí-los em alguma
questão de política.
Quero salientar que, enquanto Secretário, constatei
muitos problemas de sucateamento das Secretarias, principalmente, as
Secretarias de ponta, e a SMOV é uma delas, Ver. Dib, depende do seu
funcionário para manusear máquinas sucateadas. Cansei de encaminhar, juntamente
com os funcionários, funcionários para o Centro Vita, ou à Clínica, porque o funcionário
não tinha como ser atendido, ele era ou alcoólatra ou dependente de drogas.
Eu entendo que a Prefeitura tem de começar, Ver.
Bosco, a trabalhar em cima do funcionário nas suas Secretarias; não depender do
todo, porque essa é a maior dificuldade que o funcionário tem.
Um funcionário, por exemplo, que mora em Viamão,
não conseguiu fazer o seu tratamento, Ver. Dib, aqui na Capital; não tinha
locomoção, não tinha carro para chegar e fazer o seu tratamento.
Então, vamos com
calma, porque aqui há, no meu entender, e não querendo levar para esse lado,
uma briga entre duas ex-Secretárias. Uma, de um Governo anterior ao do PT -
Verª Neuza, e tem todo o direito; a outra, do Governo anterior, que passou 16
anos, e que, portanto, fez muita política com funcionários, prometendo mundos e
fundos. O funcionário está e estava decepcionado com esse tipo de política, uma
política que não visava à qualificação e à melhora de qualidade do funcionário.
Na SMOV, além do
sucateamento do maquinário, nós não tínhamos, Ver. João Dib, Ver. João Bosco,
computadores adequados, máquinas de calcular. Isso é sucateamento, isso é falta
de condição do trabalhador. Portanto, esse aspecto é muito importante nós
frisarmos. Não vamos pegar o funcionário como bode expiatório, vamos, sim,
responsabilizar os governos que falharam nessa questão de dar condições ao
funcionário para trabalhar, de dar condições de saúde ao funcionário, para ter
repartições qualificadas, órgãos públicos qualificados e Secretaria de Saúde
qualificada para dar consistentemente qualidade de saúde e condição de trabalho
ao funcionário.
Na minha passagem
pela SMOV, um ano e três meses, Ver. João Dib, eu vi muitas lamentações de
funcionários. E quero dizer a este Governo que está aí, que trate bem o
funcionário, porque este funcionário está, sem dúvida, revoltado com os
governos que passaram, pela falta de condições de trabalho, pela falta de
reconhecimento, pela falta de condição de uma melhora, não só de saúde, mas de
qualificação salarial.
Portanto, eu quero
reafirmar, quando vier esse Relatório para votação em Plenário, nós precisamos
desmistificar quem falhou. Qual o Governo que falhou e por que falhou? Por que
não deu condições ao funcionário de trabalhar melhor? Nós temos, sim, que
responsabilizar os governos que falham muito em não cumprir aquilo que
prometeram aos funcionários públicos municipais. Muito obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores, gostei muito da fala do Ver.
Cassiá, principalmente pelo resultado da CPI, nós já podemos responsabilizar,
também, o Vice-Prefeito, que é do seu Partido, Ver. Cassiá, do PTB. Não é isso,
Vereador? A gente gosta quando as pessoas assumem a responsabilidade, isso é
importante, porque nós não podemos fazer um duelo aqui como, por exemplo, o
Ver. Sebastião Melo que falou em pedra fundamental. Ora, na Cientec foi
colocada uma pedra fundamental e hoje é uma realidade; o seu Governo fez parte,
Vereador, disso também. Então, V. Exª quer dizer que era proselitismo! Aliás,
eu quero pegar as suas notas taquigráficas - V. Exª faz de conta que não me
ouve (pausa), obrigada pela sua atenção - e mandá-las para dois empresários de
Passo Fundo, que foram precursores da política do biodiesel naquela região e
que hoje vai servir como exemplo para todo o País que, aliás, vai receber selo,
o único do Rio Grande do Sul. V. Exª não escutou a minha fala ontem, Vereador.
Eu trabalho em cima de números, mostro como as coisas funcionam. Então, há um
grande equívoco, e um viés, talvez, de ciúmes das coisas que estão dando certo,
é uma pena, porque quem não tem o que mostrar, acaba com esse discurso, assim
meio de ensaio em frente ao espelho, e faz gesticulações com a boca para aqui
encenar como se estivesse no tribunal tentando convencer um juiz. Nós somos
pessoas que não queremos ser corregedor de ninguém, mas temos uma vivência
também. Então, não dá para desconsiderar a capacidade de as pessoas pensarem,
analisarem, e cai por terra esse tipo de discurso, fica absolutamente sem
conteúdo e sem nenhuma convicção, apenas um discurso para contrapor um vazio,
porque, na verdade, estão aí as pesquisas demonstrando que o rumo é esse.
E eu queria fazer uma consideração aqui em relação
à fala da Verª Manuela e dar total razão a ela, porque, aqui, a questão não é
contra uma pessoa que está na direção de um departamento, é uma critica pela
gestão, e a responsabilidade é do centro nervoso do Executivo Municipal. Aliás,
Ver. João Antonio Dib, só teve uma seriedade nesta Cidade com relação ao
transporte público de Porto Alegre, que depois começou a melhorar, que foi a
intervenção dos ônibus, que resultou na troca de 70% da frota do transporte
coletivo desta Cidade e que modificou, inclusive, o comportamento daquelas
pessoas que têm a concessão do uso de ônibus, ou o reconhecimento. Bom, se teve
problemas na questão jurídico-administrativa, isso é uma questão que nós
podemos debater. Agora, não se pode dizer que não houve, depois disso, a
melhoria, e que é o melhor transporte coletivo. E o que é que, infelizmente,
nós vemos hoje, Verª Margarete Moraes? O fluxo do nosso transporte em Porto
Alegre, infelizmente, prioriza mais o individual do que o coletivo, que não se
dá apenas pelo uso individual, mas também, hoje, novamente, começa-se o
sucateamento, começa uma inversão. E também há o problema da própria atmosfera
que está sendo poluída com o dióxido de carbono para o qual não está havendo
uma real fiscalização; está presente não somente no transporte coletivo, mas
nos nossos carros individuais. Por quê? Porque não há um direcionamento de uma
gestão pública voltada para a Cidade, há ações individuais, não há uma
interligação entre as Secretarias.
Infelizmente - o que eu colocava no jornal e eu
achava que ia mudar a realidade -, hoje, nós não temos nem o Primeiro-ministro
mais para dirigir esta Cidade. Nós sabemos, com todo o respeito, que o Prefeito
Fogaça é inoperante; é um bom cidadão, mas não tem políticas, não tem clareza e
não tem vontade! Hoje, os Partidos da Mudança vão cada um para o seu lado
cuidar só da questão eleitoral! E a Cidade está, sim, abandonada! E eu lamento
profundamente por isso, porque o que nós queremos é uma Cidade para todos,
independentemente de quem está no Poder.
Apesar da nossa vontade de ter o nosso Partido no
Governo, esta é uma Cidade de ninguém, em que o Governo do Estado abandona a
Saúde, abandona a Segurança Pública, e o Prefeito, nem como rei ele está
conseguindo servir, porque o Primeiro-ministro já fugiu, já foi embora, e nós
não temos mais uma direção política que possa juntar, colar aquele grande
Partido da Mudança que desapareceu, como por encanto, como uma fumaça. Muito
obrigada, Sr. Presidente, pela tolerância.
(Não revisado pela
oradora.)
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
N. 2917/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 074/06, de autoria do Ver. Sebastião Melo,
que concede o título honorífico de Líder Comunitária à Senhora Paulina
Rodrigues de Oliveira.
PROC.
N. 3214/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 136/06, de autoria da
Ver.ª Mônica Leal, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Professor Celso Bernardi.
PROC.
N. 3397/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 144/06, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Louro o logradouro público
não-cadastrado conhecido como Rua 5051, localizado no Bairro Hípica.
PROC.
N. 3448/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 080/06, de autoria do Ver. José Ismael
Heinen, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Senhora Lenita
Ruschel Pereira.
2ª SESSÃO
PROC.
N. 2260/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 090/06, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que denomina Rua Nara Heloísa Costa Gonçalves o logradouro
não-cadastrado conhecido como Beco Um – Vila São Martim, localizado no Bairro
Cristal.
PROC.
N. 2985/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 119/06, de autoria da
Ver.ª Margarete Moraes, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto
Alegre à Artista Plástica Paulina Lacks Elzirik.
PROC.
N. 3027/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 129/06, de autoria do
Ver. Paulo Odone, que denomina Avenida Geny dos Santos Mello o logradouro
não-cadastrado conhecido como Avenida Dois – Loteamento Parque Santa Fé,
localizado no Bairro Rubem Berta.
PROC.
N. 3078/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 132/06, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Rua Luiz Carlos da Silva Bettio o
logradouro público cadastrado conhecido como Rua 4561 – Loteamento Jardim do
Vale, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC. N. 3079/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 133/06, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que denomina
Rua Attilio Bettio o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 5030,
localizado no Bairro Hípica.
PROC. N. 3218/06 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 137/06, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Doutor Julio Olszewski o logradouro público cadastrado conhecido como Rua
1313, localizado no Bairro Marcílio Dias.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 6958/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 480/03, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que denomina Rua Antonio Nunes Vieira um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Restinga.
PROC.
N. 6960/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 481/03, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que denomina Rua Hortencio Machado de Lima um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Restinga.
PROC.
N. 2998/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 125/06, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Rua Isidoro Bettio o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 5026, localizado no Bairro Hípica.
PROC.
N. 3077/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 131/06, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Rua Ocimar Antônio Pereira o logradouro
público cadastrado, conhecido como Rua 5031, localizado no Bairro Hípica.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Srs. Vereadores, houve um acordo
de todos os Vereadores que estão inscritos na Pauta para que...
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, nós todos concordamos que a Pauta
seja considerada como corrida.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Certo. Pela desistência do tempo desses
Vereadores, a Pauta é considerada como corrida.
Havendo quórum,
passamos à
A SRA. MANUELA
D'ÁVILA: Apenas para registrar que o Senador Pedro Simon
fez um esforço de telefonar para mim e tentar esclarecer sua opinião. Não vou
entrar no mérito da opinião dele, mas gostaria de registrar a atenção do
Senador e a disposição com que se colocou para dialogar com as Entidades
Estudantis e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, em vigília
pela aprovação do Fundeb em Brasília. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Verª Manuela.
Existe uma ordem que
foi combinada pelas Lideranças da Casa. Apenas solicito aos Srs. Vereadores que
registrem que existe um Projeto que não consta na relação dos Srs. Vereadores,
mas que faz parte do acordo - o PR nº 041/05 -, de autoria do Ver. Raul
Carrion, que fica para o final da lista.
Em votação o
Requerimento, de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação das
seguintes matérias constantes na Ordem do Dia: em primeiro lugar, o PLCE nº
001/06; logo após, o bloco dos seguintes Projetos: PLL nº 036/06 e PR nº
144/05; após, o Requerimento nº 066/06; em seguida, PR nº 117/05, PLL nº
201/04, PLL nº 090/05, PLL nº 104/03, PLL nº 112/05 e PR nº 041/05. (Pausa.) Os
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. N. 2891/06 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 001/06, que dispõe sobre a expedição da Autorização para o
Funcionamento de Atividades Econômicas no Município de Porto Alegre e dá outras
providências. Com Emendas nos. 01, 02 e 03. Com
Subemendas n. 01 às Emendas nos. 01 e 03. (alvará provisório)
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. José Ismael Heinen: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação e, no mérito, pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;
- Parecer Conjunto nos
termos do art. 50 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 21-06-06;
- discutiram a matéria
os Vereadores S.Melo, C.Todeschini, R.Carrion, M.Pinheiro, Prof.Garcia,
J.Azambuja, S.Cavedon, C.Maranhão, A.Sell e E.Guimarães, em 21-06-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o PLCE nº 001/06.
(Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº
001/06.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas
Vereadores, colegas Vereadoras, Sr. Idenir Cecchim, Secretário da SMIC; funcionários
municipais aqui presentes, público que nos assiste, sobre o Projeto em
discussão, que certamente votaremos hoje, o qual cria o alvará provisório para
as atividades econômicas do Município de Porto Alegre e dá outras providências,
quero aqui registrar que, em princípio, somos favoráveis ao Projeto. Já
construímos e apresentamos um conjunto de Emendas para qualificar o Projeto,
mas queríamos aqui fazer uma discussão conceitual do que significa esse
trabalho, o que significa o alvará provisório sob o ponto de vista da
qualificação da Cidade. E quando falamos em qualificação da Cidade nos
referimos à orientação que temos que buscar para uma reforma urbana da cidade
de Porto Alegre.
A maioria dos
estabelecimentos, senhores e senhoras, não tem alvará, porque o problema não é
de ordem exclusivamente legal do licenciamento, de poder ter o licenciamento,
mas é uma questão anterior, ou seja, a regularização fundiária e a
regularização predial, que estão irregulares, e com isso não podem desencadear
o processo para conseguir o alvará. E isso é fruto de um inchaço que houve e
existe nas cidades brasileiras. E no caso de Porto Alegre não é diferente.
Portanto, todas as vilas e as comunidades irregulares existentes acabam sendo
prejudicadas por não conseguirem se enquadrar legalmente para exercerem a sua
atividade profissional e/ou econômica. Então o Projeto vem para qualificar.
O que nós encontramos
como dificuldade no Projeto, que já discutimos e já negociamos em nome da nossa
Bancada? Uma Emenda para poder adequar ou qualificar o Projeto sob o nosso
ponto de vista. Primeiro, o Projeto define algumas áreas especiais no Município
de Porto Alegre que se enquadram no alvará provisório, Ver. Ervino, entre elas,
as áreas Especiais de Interesse Social, as áreas de ocupações cadastradas no
DEMHAB, porém há um conjunto de outras áreas que não estão arroladas nessa
categoria das ocupações existentes e das Áreas de Interesse Especial, as AIEs.
Bem, como tratamos
disso? Essas outras áreas, em outras atividades, em demais regiões que dizem
respeito ao Anexo 5.3 do Plano Diretor, que classificam todo tipo de atividade:
centro cultural, clube, comércio, funerária, hortomercado, hospital e assim por
diante, o que dizia o Projeto originalmente? Que para essa listagem da Cidade, de
uma maneira geral, precisa do EVU. O que é o EVU? Um Estudo de Viabilidade
Urbanística. Para ter EVU, o que precisa? Precisa o registro da área, precisa
do projeto urbanístico aprovado, precisa do desmembramento aprovado, precisa,
então, de um caminho a ser percorrido. E se nós deixarmos, neste primeiro
momento, lincada a necessidade de ter o EVU, o Projeto não atingirá a
totalidade dos estabelecimentos, os pequenos e médios estabelecimentos, que
hoje estão sem alvará.
Portanto, fizemos uma
Emenda, negociando com a SMIC e com a base do Governo, que incluiu nessa
relação um conjunto de atividades, entre elas as creches, as escolas maternais,
os centros de cuidados especiais, estabelecimentos de ensino pré-escolar,
hortomercados e supermercados com até mil metros quadrados. Por que esses?
Porque podemos pegar lá na Lomba do Pinheiro, lá no Rubem Berta, lá no Lami,
aqueles pequenos supermercados que estão nos loteamentos irregulares e que pela
Legislação não conseguiriam se enquadrar. Com essa Emenda que está acordada
eles conseguem se enquadrar e ficam com a responsabilidade de desencadear um
processo de regularização fundiária.
Então, eu creio que
esta é a questão principal deste Projeto, porque, além de propiciar que aquele
que está irregular passe a trabalhar regularmente, ele desencadeia um projeto
de regularização fundiária da Cidade. Então, sob o nosso ponto de vista, o
Projeto é bem-vindo e as Emendas apresentadas vêm para ajustar esse rumo do
Projeto, Sr. Presidente, para que ele não seja só um alvará provisório, mas que
ele induza a regularização fundiária e a regulamentação predial na cidade de
Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Valdir Caetano): O Ver. José Ismael Heinen está
com a palavra para discutir o PLCE nº 001/06.
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Excelentíssimo Sr. Presidente, mui digno Ver.
Valdir Caetano; é muita honra ser anunciado por V. Exª, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras desta Câmara, em especial também aos que nos assistem pela TVCâmara;
ontem, por motivo de outro compromisso, não pude estar presente nas discussões
deste Projeto, do qual fui Relator. Mas cabe salientar que foi o primeiro
Projeto deste Vereador que se preocupou, quando assumiu, quando visitou a
primeira vila de Porto Alegre, com a necessidade de termos uma lei que
contemplasse os alvarás provisórios para a nossa Cidade, projeto esse que foi
visto e sentido conjuntamente com o Secretário da SMIC, Secretário Cecchim, que
disse: “Realmente, Ismael, uma lei é mais importante que uma resolução”.
Encaminhamos, em
abril de 2005, um Projeto de Lei que não passou na Comissão de Constituição e
Justiça, mas, em outubro, novamente voltamos à carga; reapresentamos o
Projeto, que começou a andar nas Comissões. Veio-nos a surpresa que, meses
depois de esse Projeto estar tramitando nas Comissões, o Ministério Público,
sem sabermos por que, cassou o direito das autorizações provisórias no nosso
Município. A partir daquele momento, a partir daquela ocasião, Porto Alegre
começou a se ressentir da necessidade de termos esse alvará provisório. As
nossas vilas irregulares, as invasões irregulares consubstanciadas, já
permanentes na nossa Cidade, estavam a descoberto; o seu barzinho, o instituto
de beleza, qualquer empresa pequena que fosse, ou microempresa instalada nessas
áreas.
Estava o Projeto
pronto para ser votado quando a Secretaria da Indústria e Comércio entrou em
contato conosco para que ampliássemos esse Projeto, e nós aceitamos, como nós
aceitamos também quando tínhamos um Projeto nesta Casa, reduzindo a cobrança do
ITBI para cooperativas, e o Executivo pediu a este Vereador, e também ao Ver.
Vendruscolo, um Projeto conjunto com o Executivo. Nós abrimos mão, como abrimos
mão também de levarmos o nome desse Projeto para que pudéssemos ampliá-lo, porque
não eram somente essas áreas necessitadas, pobres, miseráveis da periferia de
Porto Alegre que estavam sofrendo por não ter o seu alvará provisório, mas
Porto Alegre em si estava necessitando, porque estavam parados e haveria uma
diminuição dos investimentos imobiliários em Porto Alegre, notadamente de
empresas e indústrias, porque, de repente, o empresário não investiria se ele
não tivesse a garantia de ter o prédio concluído, em que ele pudesse funcionar
com o seu negócio, com pequenas alterações na edificação dos seus negócios.
Com isso tudo, eu
quero dizer e deixar bem claro aos senhores que estou muito feliz, muito feliz
pelos debates que nós estamos tendo aqui, este Projeto precisa ser
parabenizado.
Haverá uma lei em
Porto Alegre que haverá de disciplinar e dar um direito definitivo a essas
vilas, a esses bairros irregulares que dependem de um alvará para se tornarem
cidadãos legais. Isto é o mais importante, e tem que ser considerado também que
ele será um cidadão legal, ele terá o seu alvará concedido para que o seu
negócio possa funcionar, possa ser legal, possa ser um contribuidor das rendas
do Município.
Eu quero falar sobre
o que foi colocado, na quinta-feira, por um nobre Vereador, colega, quando
apresentamos um Projeto também preocupado com as regularizações fundiárias de
Porto Alegre. Este é o tipo de agir deste Vereador, porque se eu fosse, como
ele falou, um Vereador demagógico, com certeza não teria aberto mão de aparecer
nesses Projetos em prol do bem comum, em prol do exercício da política pública
atualmente exercida pela nossa Prefeitura, através do nosso Prefeito e,
notadamente, neste Projeto, pelo Secretário da SMIC.
Então, eu quero
deixar registrado, Sr. Presidente, que isso, sim, me leva a dizer que eu não
preciso me defender de acusações que não me atingem. Aqui está demonstrado o
espírito público deste Vereador em benefício da coletividade da nossa Cidade.
Muito tem que ser feito nesse sentido, nós temos que atacar com coragem as
coisas que fazem da nossa Porto Alegre uma Cidade habitável agora e no futuro.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Raul Carrion está com a
palavra para discutir o PLCE nº 001/06.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Luiz Braz, que preside os trabalhos, eu venho continuar a discussão,
inclusive porque nós acertamos uma outra Emenda, e o último momento para
apresentarmos a Emenda é ainda durante a discussão. Então, rapidamente, queria
dizer que neste Projeto uma preocupação - e já foi objeto de uma das nossas
Emendas - é que, no que trata dos estabelecimentos autorizados por esse alvará,
podem ter essa autorização encerrada, estavam colocadas somente duas situações:
quando se constituísse em ameaça à segurança ou, então, quando perturbasse o
sossego e o bem-estar públicos. Nós alertamos a assessoria da SMIC de que
haveria uma outra situação que deveria ensejar a suspensão dessa autorização.
Essa outra situação seria quando houvesse problemas em relação à saúde pública.
Suponhamos que um
estabelecimento que trabalhe com carnes, que trabalhe com alimentos, Ver. Dib,
tenha uma autorização provisória e se constate risco à saúde da população. Isso
ensejaria a qualquer momento a suspensão do alvará. Se isso não estiver
explicitamente colocado aqui, permitiria que o estabelecimento, que viesse a
ter suspenso o alvará, entrasse na Justiça dizendo que a suspensão não tinha
amparo legal. Então, essa questão foi objeto de uma Emenda.
A segunda questão em
que percebemos uma dificuldade, e compreendendo a importância deste Projeto
para regularizar essas situações já ditas aqui, em que muitas vezes o problema
não diz respeito às condições a serem cumpridas pelo empreendimento, mas diz
respeito muito mais a um problema de irregularidade fundiária ou de
irregularidade predial - não tem ainda todas as condições -, é que no Projeto e
na Emenda que será votada é dito que poderá haver renovação.
Veja bem, Ver.
Comassetto, diz que o prazo de vigência é um ano, sujeito a renovação, sem
limite. Então, o que é para ser provisório poderia tornar-se, digamos,
permanente; então, num primeiro momento fizemos uma Subemenda que permitia a
renovação por mais uma vez, e por mais 12 meses. Porém, conversando com a
representação da SMIC, aqui presente, nos ponderam duas questões. Talvez uma renovação
só de um ano seria insuficiente, e, por outro lado, há a questão daquelas áreas
de irregularidade predial ou irregularidade fundiária, que, neste caso, não se
resolve de uma forma tão rápida.
Então, fizemos uma
nova Emenda, que acabamos de encaminhar para ser protocolada, em que, nas áreas
regulares, nós admitimos até duas renovações de um ano - estendemos um pouco a
provisoriedade; e, em segundo lugar, excetuamos desse limite no tempo, aquelas
situações de áreas de irregularidade fundiária ou predial, que sabemos que
demandam maior tempo e que não vão criar uma situação de dano à saúde, etc.
Então, é esta a
Subemenda que nós acabamos de encaminhar, e retiramos, Ver. Dib, a Subemenda nº
02, por entendermos as ponderações de que ela não poderia ser a mais adequada.
Agradecemos pela atenção de todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Ervino Besson está com a
palavra para discutir o PLCE nº 001/06.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, queria
saudar todos, e uma saudação muito especial ao nosso Secretário da SMIC, Dr.
Idenir Cecchim, que nos honra muito com a sua presença, no dia de hoje, neste
Plenário.
No final do ano
passado, quando nós estivemos na SMIC, juntamente com diversos Vereadores e
Vereadoras e o Prefeito Municipal da nossa Cidade, Dr. José Fogaça, quando foi
lançado o alvará provisório, foi um momento extremamente importante para a
cidade de Porto Alegre, principalmente para aquele segmento que nós conhecemos
muito bem que são os nossos pequenos e médios comerciantes, que, a partir daí,
receberam o alvará provisório para dar andamento à regularização do seu
comércio. Mas, infelizmente, por uma decisão judicial, não mais foi permitido à
Secretaria liberar o alvará provisório aos comerciantes que se dirigiam a ela
para pegarem os alvarás. Mas, numa decisão extremamente sábia, o Executivo
Municipal enviou a esta Casa um Projeto de Lei que está em discussão pelos
colegas Vereadores e Vereadoras, e, sem dúvida nenhuma, tenho certeza de que
todos nós votaremos favoravelmente a este Projeto.
É o início de uma
regularização desse segmento extremamente importante para a economia de Porto
Alegre, pois a maioria desses estabelecimentos não tem alvará por falta de
habite-se. No momento que eles conseguirem alvará provisório, eles terão
condições de ter um incentivo e depois regularizar os seus imóveis para ter o
habite-se para poderem trabalhar, sim, com maior tranqüilidade. Acho que é o
início, meus caros colegas Vereadores e Vereadoras, de uma caminhada de Porto
Alegre, resolver os problemas desses comerciantes, pois muitos deles não têm
alvará, principalmente os conjuntos habitacionais do DEMHAB. Ninguém tem
alvará, e assim se espalha para toda Porto Alegre e outros segmentos também que
não têm alvará. E, a partir desse alvará provisório, nós temos outros desafios
pela frente: a regularização de edificações da nossa Porto Alegre, que, pelos dados
que nós temos, chegam, aproximadamente, a cem mil edificações irregulares em
Porto Alegre. Acho que é o início de uma caminhada.
Eu, sempre que tenho
oportunidade, meu caro Secretário, meu caro Pitol, da Secretaria de
Transportes, que está também nos honrando com sua presença, acho que o Prefeito
que conseguir, pelo menos, dar início, ou regularizar uma parte desses imóveis,
está consagrado na cidade de Porto Alegre. Porque a Receita que o Município
perde hoje com essa quantidade de imóveis irregulares, é assustadora. E as
pessoas querem regularizar os seus imóveis, mas a burocracia emperra o
andamento; às vezes, a pessoa constrói e, por causa de alguns centímetros em
que a obra não combina com a planta, a pessoa não consegue tirar o habite-se, e
assim torna-se uma bola de neve, cada vez crescendo mais. Portanto, eu quero
aqui parabenizar o Executivo Municipal pela iniciativa de enviar este Projeto,
que talvez hoje, ou daqui a pouco, nós votemos e, tenho certeza de que todos os
Vereadores votarão favoravelmente, e, após, nós teremos outros desafios pela
frente, é a regularização dessa grande quantidade de edificações irregulares
que nós temos aqui no Município de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): Antes de encerrarmos a discussão, eu vou fazer uma
revisão na minha última afirmação, para anunciar a Subemenda nº 03 à Emenda nº
01 ao PLCE nº 001/06, já que é fruto de um acordo do Plenário, que inclui novo
parágrafo à Redação proposta Emenda nº1 ao § 1º, do art. 1º do Projeto; § 4º A
renovação de que trata o § 1º deste artigo poderá se dar por, no máximo, mais
dois períodos consecutivos de 01 (um) ano, quando a atividade econômica se
localizar fora das áreas definidas do inc. I do § 2º deste artigo, de autoria
do Ver. Raul Carrion.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Raul Carrion, solicitando que a Subemenda nº
03 à Emenda nº 01, seja dispensada do envio às Comissões, e também a votação em
destaque da Subemenda nº 03 à Emenda nº 01 - PLCE nº 001/06. (Pausa) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Informo que, de acordo com o art. 106, inc. I, do
Regimento, está sendo retirada de tramitação a Subemenda nº 02 à Emenda nº 01
ao PLCE nº 001/06.
Em votação
nominal, por solicitação desta Presidência, o PLCE nº 001/06. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
Em votação à Emenda
nº 01, de autoria da Verª Clênia Maranhão, ao PLCE nº 001/06. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, de autoria do Ver. Carlos Comassetto e da Verª
Sofia Cavedon, ao PLCE nº 001/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Subemenda
nº 03 à Emenda nº 01, de autoria do Ver. Raul Carrion, ao PLCE nº 001/06.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda
nº 02, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, ao PLCE nº 001/06. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda
nº 03, de autoria da Verª Clênia Maranhão, ao PLCE nº 001/06. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Subemenda
nº 01 à Emenda nº 03, de autoria Ver. Raul Carrion, ao PLCE nº 001/06. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0946/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 036/06, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que
denomina Esplanada Edgar Klettner um logradouro público cadastrado, conhecido
como Esplanada 3136, localizado no Bairro Passo da Areia.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 21-06-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6940/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 144/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que concede o troféu
Honra ao Mérito a Enid Diva Marx Backes.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Carlos Comassetto: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 21-06-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão, em bloco, o PLL nº
036/06 e o PR nº 144/05. (Pausa.) Não há quem queira discuti-los. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N. 066/06 – (Proc. N. 1807/06 -
Ver.ª Manuela d'Ávila) –
requer a realização de Sessão Solene no dia 06 de novembro de 2006, às 9
horas, no Teatro Sancho Pança (Cais do Porto), destinada à entrega do título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Mauricio de Sousa. (incluído em
21-06-06)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o Requerimento nº
066/06. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Esta Presidência
pergunta aos Srs. Vereadores se há acordo para que sejam encerradas as
votações. (Pausa.) Não houve manifestações em contrário.
Então, de acordo com
o Plenário e com o que foi determinado pelas Lideranças desta Casa, estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 12h16min.)
* * * * *